No dia 13 de abril de 2015, o blog do Prisco com participação de Fabian Lemos, informou, em primeira mão, que o vice-prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, estava praticamente fora do PMDB, partido que ficaria esvaziado na cidade. Na mesma notícia, os leitores e internautas ficaram sabendo que o provável destino dele seria o PSB, numa articulação envolvendo o PSD e a disputa pela prefeitura de Itajaí, que tem o presidente eatadual do PSB, Paulo Bornhausen como pré-candidato. Confira pelo http://blogdoprisco.com.br/bastidores-psd-trabalha-para-isolar-pmdb-em-chapeco-e-itajai/
Ontem à noite, Buligon distribuiu uma nota, confirmando que está se desfiliando do PMDB. Argumenta que ele sempre caminhou na direção de fortalecer reagionalmente o projeto capitaneado no Estado pelo falecido Luiz Henrique da Silveira, enquanto o deputado Valdir Collatto, segundo a nota, fazia de tudo para empurrar o PMDB para o colo do PT. Ou seja, Buligon se posicionou. Fica ao aldo do grupo do PSD, que é fortíssimo em Chapecó e região.
Acompanhe a nota do vice-prefeito na íntegra
“Sigo pautado em defesa de uma causa única e coerente com a grandeza da nossa Chapecó”
Eu, Luciano Buligon, Vice-Prefeito de Chapecó (2013/2016), quero reiterar por meio desta o meu propósito em persistir no projeto de aglutinação política que iniciou em 2005 e que acredito ser o melhor caminho para a nossa cidade e para as pessoas que represento.
Em agosto de 2005, fui convidado pelo então Presidente Estadual do PMDB Eduardo Pinho Moreira, para coordenar
regionalmente o projeto de aproximação das correntes políticas, que ficou conhecido como Tríplice Aliança – trabalho que contribuiu para a reeleição do nosso Luiz Henrique da Silveira (Governador), Leonel Pavan (Vice-Governador) e eleição de Raimundo Colombo (Senador da República) em 2006.
Meu envolvimento e dedicação no processo foi reconhecido por LHS, e por ele fui designado para atuar como Secretário de Estado de Desenvolvimento Regional de Chapecó, fortalecendo a política da descentralização em Santa Catarina. Dentro desse alinhamento e, sempre por orientação de LHS, fui candidato a Prefeito de Chapecó em 2008 e a Deputado Estadual em 2010.
Nesses 10 anos cumpri minha missão no projeto de aglutinação política, de forma reiterada e persistente. Em 2010,
capitaneei o movimento de apoio do PMDB local à eleição de Raimundo Colombo (Governador), Eduardo Pinho Moreira (Vice- Governador), Luiz Henrique (Senador) e Paulo Bauer (Senador).
O PMDB de Chapecó, por mim Presidido, foi o primeiro das grandes cidades catarinenses, a declarar apoio a Raimundo Colombo, Governador. Provoquei e realizei reuniões em toda a região reforçando esse propósito. Atos esses repetidos, com o mesmo entusiasmo e compromisso, na reeleição de Colombo/Eduardo e na eleição do Senador Dário Berger, no ano passado.
Em 2012, fui eleito Vice-Prefeito de Chapecó – um resultado da construção política iniciada em 2005, em Santa Catarina e bem sucedida em Chapecó, um trabalho de muitas mãos e sempre validado pelo ex-governador Luiz Henrique da Silveira. Agora, naturalmente, bastaria a união partidária para o PMDB de Chapecó colher os melhores frutos. Todavia, percebo que hoje tudo que foi construído é motivo de conflito interno no PMDB, e isso me entristece profundamente.
As frequentes posições manifestadas na mídia pelo Deputado Federal Valdir Colatto, contribuem para enfraquecer os laços de união e confiança desenvolvidos durante uma década e que produziriam os melhores resultados ao PMDB de Chapecó, justamente agora. As manifestações de Colatto caminham na contramão das atitudes e propósitos sempre demostrados pela maior liderança estadista do PMDB, um verdadeiro mestre na política nacional: o eterno Luiz Henrique da Silveira.
LHS sempre foi o principal incentivador da aproximação com o PSD, convicto de que a trajetória fora consolidada para o PMDB receber o apoio dos pessedistas neste momento.
A diferença está exatamente neste ponto, enquanto eu e a maioria dos partidos acompanhamos os encaminhamentos de LHS, o Deputado Colatto, de outro lado, sempre tentou e continuará tentando empurrar o partido para o colo do PT.
Fiz de tudo para unir o PMDB de Chapecó, inclusive, há mais de 60 dias não respondo as alegações, por vezes até
injuriosas, pois me comprometi, em reunião pública, a agir assim perante o diretório do PMDB.
Diante disso, e como diz o ditado popular “quando um não quer dois não brigam”, estou me desfiliando do PMDB, a fim de evitar novos conflitos internos e deixando o partido livre para decidir o seu rumo.
Por fim, reforço que durante mais de 20 anos dei o melhor de mim, fui fiel aos valores defendidos, respeitei e acreditei nos princípios do meu partido, mas hoje percebo que muitas lideranças se distanciaram dos fundamentos do PMDB e a união abriu espaço para disputas internas que colocam em risco o futuro do partido. Eu não serei um motivador da discórdia, pois o partido é e sempre será maior que as pessoas.
Como representante popular, já afirmei publicamente e reitero que um dos meus anseios na vida pública é ser candidato a Prefeito de Chapecó, me sinto preparado como nunca. Sendo assim, enquanto o PMDB caminha para encontrar o seu rumo, o meu destino será buscar uma agremiação partidária que acredite em tudo que construímos até aqui, de forma integral, de corpo e alma e não dividida.
Preciso, com toda a humildade, continuar contando com o apoio de todos que sempre acreditaram nesta força política que tem compromisso com a nossa cidade, pois estou convicto de que esse é o melhor caminho para o exercício da Nova Administração Pública: mais eficaz, transparente, eficiente, focada nas necessidades das pessoas e pautada em mecanismos de participação popular, calcada nos valores da humildade, integralidade e da dignidade.
Chapecó, sexta-feira, 12 de junho de 2015.
Luciano Buligon.”
Foto: arquivo, divulgação