Ministro novo, promessa velha
Reunião do Fórum Parlamentar Catarinense ocorreu ontem de manhã, no auditório da Amfri, em Itajaí, com a presença do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. Prefeito Fabrício Oliveira (Balneário Camboriú), presidente da Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí-Açu, foi o anfitrião.
O evento reuniu dezenas de parlamentares federais e estaduais, lideranças regionais e o governador Carlos Moisés
O ministro garantiu que agora a duplicação da BR-470 é “prioridade absoluta”. Disse o mesmo sobre a BR-282 também. Ele pediu para que os deputados concentrem as emendas das bancadas nessas rubricas. Pediu a ajuda dos deputados para isso. Muito bem, tomara que o esforço de todos se transforme em obras, na prática. Vale lembrar que outros tantos ministros e até uma presidente da República, Dilma Rousseff, garantiram a 470 era “prioridade absoluta.”
Pleitos
Fabrício Oliveira, em nome de todos os prefeitos e líderes políticos da região, entregou dois pedidos ao ministro: um para a finalização da obra da BR-470 e outro para investimentos no Aeroporto de Navegantes, obra essencial para a região.
Batuta
Coordenador do Fórum Parlamentar e responsável pela agenda ministerial no estado, o deputado Peninha Mendonça definiu como uma reunião de trabalho, onde foram ouvidos apenas o prefeito anfitrião, Fabrício Oliveira, presidente da Amfri; os parlamentares (5 minutos para cada um), e o ministro e o governador Moisés da Silva.
Sem novidade
O que se depreende do encontro é que é preciso eleger prioridades e focar nestas. Tarcísio de Freitas deixou claro que não haverá obra andando em ritmo acelerado. Não teremos frentes novas de trabalho e muito menos novas obras.
Tesourada
De acordo com o ministro, dos R$ 8 bilhões, R$ 4 bi foram contingenciados e ele conseguiu recuperar 2 bilhões. Significa que o orçamento da pasta para o país é de R$ 6 bilhões. Freitas insistiu, pediu muito a ajuda dos deputados e senadores, para que concentrem suas emendas nas obras que são prioritárias no estado: as BR’s-470, a 282 e a 280.
Palmas
Talvez até pela sinceridade e forma didática de se expressar, Tarcísio de Freitas foi bastante aplaudido em pelo menos três oportunidades. O auditório da Amfri ficou lotado e também contou com a presença dos senadores Esperidião Amin (PP) e Jorginho Mello (PL).
Saída de Levy
O presidente Jair Bolsonaro continua truculento e não adota a estratégia mais adequada na relação com seus subordinados. Duas vítimas recentes: o general Santos Cruz, que era o secretário de governo, militar respeitadíssimo e muito qualificado; e Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda, que era o presidente do BNDES e foi praticamente demitido pela imprensa. Antes deles, outros dois generais haviam sido defenestrados de forma brusca. Um era presidente da Funai e outro, presidente dos Correios. Levy foi pra rua com requintes de crueldade. Nem bem desceu do carro e sem ser questionado, Bolsonaro acionou a metralhadora giratória na direção do executivo. Tudo porque o presidente anda incomodado por não conseguir abrir a caixa preta do BNDES, uma dos suas promessas de campanha.
Caixa de pandora
Tem que abrir sim os segredos do banco. Ali, há pérolas de toda ordem, a começar pelas relações com governos de esquerda de países como Bolívia, Venezuela, Peru, Cuba, Equador e nações africanas.
Calma
Na caixa preta do BNDES também devem ser encontradas situações do arco da velha envolvendo empresas de porte, na área de comunicação, empreiteiras, coisas como açougueiros pilotando bilhões a bordo da JBS e por aí vai. Só que isso precisa ser feito com cuidado. Se colocar tudo na rua sem critério e organização, o vazamento abrupto pode quebrar o BNDES.