O deputado federal Rodrigo Coelho, do PSB, é um entre 11 parlamentares federais pessebistas que votou a favor da Reforma da Previdência. A orientação do partido era para que votassem contra a proposta. O grupo, incluindo o catarinense, agora virou alvo de processos disciplinares instaurados pela direção nacional da sigla, o que pode culminar em expulsão da legenda. Rodrigo Coelho reagiu com firmeza e distribuiu a nota abaixo.
“Meus amigos, apesar de esperada, considero lamentável a notícia de instauração de processo disciplinar pelo PSB. Mais uma vez, o Partido adota uma postura de intimidação e de autoritarismo. A dura realidade é que o partido se tornou um puxadinho do PT, em especial, após o falecimento do saudoso Eduardo Campos. O PSB se divorciou da realidade do país e começou a perseguir politicamente os filiados que pensam diferente. Isso se revelou, por exemplo, na expulsão arbitrária do Prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, em Setembro de 2018, e na destituição desastrosa do Diretório do PSB de Santa Catarina, em Maio de 2019, que eu, inclusive, integrava a Executiva e sequer fui consultado. Não há democracia interna no partido. Um exemplo disso é que os Deputados Federais não fazem parte do Diretório Nacional, ou seja, nós, Deputados, não participamos da decisão do partido que resolveu fechar questão contra a Reforma da Previdência (PEC 06/2019). Eu tive 5 emendas acolhidas parcialmente na Reforma (Emendas 67 a 71), sendo o Parlamentar com mais emendas aprovadas. O PSB teve uma emenda aprovada em Plenário. Os pontos mais polêmicos da Reforma foram retirados: BPC, Rural, Capitalização e Desconstitucionalização. Ou seja, apesar de ser uma pauta antipática e polêmica, não tinha mais motivos para o partido sustentar o voto contrário à Reforma da Previdência. Votar “não” seria apostar no fracasso do país. Por isso, recebo com a consciência tranquila a abertura do processo, certo de que votei a favor do Brasil”.
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