Presença federal
Embora Jair Bolsonaro não tenha vindo ao estado semana passada, conforme estava programado, representantes do governo federal têm sido assíduos por aqui nos últimos dias.
Em seu lugar, o presidente mandou dois ministros. Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Abraham Weintraub (Educação). Entregaram ônibus escolares a municípios catarinenses.
Nesta sexta-feira, 19, foi a vez do titular da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que esteve em Joinville; e do vice-presidente, Hamilton Mourão, que palestrou na Capital.
Lideranças e autoridades esperam que essa presença federal em Santa Catarina se traduza em grandes obras de infraestrutura, aguardadas há décadas.
Veículos para transporte escolar e inaugurações de reformas em unidades de saúde têm sua importância, evidentemente, mas o estado cansou de esperar pela atenção que merece da União, tendo sido olimpicamente ignorado durante a era PT.
Tête-à-tête
Moisés da Silva teve encontro reservado com Hamilton Mourão antes da palestra do vice-presidente, promovida pelo empresário Marcelo Petrelli, presidente da Acaert. O governador fez uma pequena abertura antes da fala do vice e saiu para compromisso de trabalho. Consta que ele e Mourão teriam nova rodada em privado ainda na tarde de sexta-feira.
Continência
Em sua fala na Capital, o vice-presidente destacou os avanços do governo Jair Bolsonaro. Não passou a menor impressão de que exista qualquer dificuldade no relacionamento dele com o presidente da República. Mourão, aliás, como disciplinado general da reserva, atendeu pedido de Bolsonaro e está aparecendo menos. Concedendo menos entrevistas e proferindo menos palestras.
Cargo e renúncia
Vereador Tiago Silva pediu desfiliação do MDB da Capital. Também está ultimando os detalhes para renunciar ao mandato. Tudo isso para assumir a direção do Procon estadual, atendendo convite do governador.
O parlamentar é umbilicalmente ligado ao senador Dário Berger. Mesmo assim, está fechado agora com Moisés da Silva.
Destino
Tiago Silva deve assinar ficha no PSL e surge como alternativa do partido para concorrer à prefeitura de São José, na Grande Florianópolis. Renunciando ao mandato, Silva abre caminho para que justamente o presidente municipal do MDB, Celso Sandrini, assuma na Câmara da Capital.
Dobradinha de senadores
Transformado em réu por corrupção milionária na Transpetro, o ex-senador Romero Jucá segue na presidência nacional do MDB. Eis o principal argumento do senador Dário Berger para deixar o partido. Ele deve aceitar o convite do colega Jorginho Mello e assinar ficha no PL, ex-PR, partido de Mello em Santa Catarina. Na verdade, o desconforto de Dário é por ter perdido a eleição à presidência do MDB.
Dobradinha
Se o ainda emedebista filiar-se mesmo ao PL, nascerá uma dobradinha. Jorginho Mello ao governo e Dário Berger disputando a reeleição ao Senado. Em 2022.
Hotel alerta
Repercutindo nacionalmente projeto de lei proposto pelo deputado federal Fábio Schiochet, presidente estadual do PSL, e que determina a integração dos registros de mandados de prisão ao sistema da rede hoteleira em todo o país. A ideia é que os órgãos de segurança recebam um alerta sempre que o hóspede tiver mandado de prisão em aberto. “Os cerca de 31 mil estabelecimentos de hospedagem em funcionamento no Brasil poderiam ajudar na busca por esses criminosos”, defende o parlamentar, que tem base em Jaraguá do Sul, norte do estado.