A 14ª etapa da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, levou à cadeia hoje (sexta-feira, 19) mais dois peixes gigantes do mundo empresarial brasileiro: Marcelo Odrebecht (foto), presidente do Grupo Odebrecht, a maior construtora do país, e Otávio Marques Azevedo, o chefão da Andrade Gutierrez, empreiteira gigante e sempre ligada a grandes obras.
Além da óbvia repercussão nos meios políticos e empresariais, a nova ação dos federais significa o fechamento do cerco às empreiteiras envolvidas com as suspeitas de desvio de bilhões da Petrobras, o chamado escândalo do petrolão.
A pergunta que se faz é como ficarão as obras do governo federal no país, com os donos ou dirigentes das maiores empreiteiras e construtoras presos ou sob pesada investigação? E com a maioria delas já pedindo recuperação judicial ou à beira da falência?
A Odrebechet, por exemplo, é o maior conglomerado empresarial da América do Sul. Conta com 181 mil Integrantes e 105 mil Terceiros, de 78 nacionalidades, que atuam em 23 países, segundo dados de 2013. No mesmo ano, a empresa teve receita bruta de R$ 96,9 bilhões, investiu R$ 12,8 bilhões em negócios, registrando lucro líquido de R$ 491 milhões. Diante dos números, dá para se ter uma ideia da dimensão e do impacto da prisão de seu presidente na manhã desta sexta-feira, 19.
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