Ainda é tão incompreensível e impactante a decisão de aumentar impostos em Santa Catarina que a canetada segue gerando espanto. As sete federações empresariais do estado – Fiesc, Fecomércio, FCDL, Facisc, Faesc, Fetrancesc e Fampesc -, que formam o Cofem, na pessoa de seus presidentes, subscreveram uma carta a Moisés da Silva.
Mesmo com vários setores da economia atendidos pela nova política de incentivos fiscais, como a indústria e o comércio, o meio empresarial está fechado com a Agricultura. É apoio total. Solidariedade absoluta.
No texto, os dirigentes tentam sensibilizar o governador. Alertam que a retirada de incentivos para os defensivos agrícolas, outros insumos e segmentos, é muito grave. Pode quebrar agroindústrias e desorganizar toda a cadeia produtiva rural.
O tempo corre contra os produtores porque 31 de agosto é o prazo fatal para os estados informarem ao Confaz como serão suas políticas fiscais. Só resta agora torcer para que o governador tenha bom senso e equilíbrio.
Fechado em copas
Como o governador não deu abertura para conversar com empresários, políticos e lideranças, a Assembleia está novamente sendo protagonista neste imbróglio inacreditável do aumento de ICMS. Ontem, a Comissão de Constituição e Justiça da Casa aprovou, por unanimidade, quatro projetos que visam a sustar os atos do Poder Executivo. Em suma, as matérias aprovadas tornam sem efeito os decretos governamentais que retiraram incentivos fiscais. A conferir os desdobramentos, mas a iniciativa da Alesc começa a ser vista como a tábua de salvação do agronegócio catarinense.
Canteiro abandonado
Alguma coisa não vai bem no Reino da Dinamarca. Como é possível entender que existam atualmente 65 obras paralisadas em Santa Catarina, conforme levantamento do Tribunal de Contas? Esse número quase que inacreditável soma um valor contratado de quase R$ 600 milhões! No mínimo, no mínimo, falta de planejamento e de zelo com os recursos públicos.
Pedras no caminho
Deste total, de acordo com o TCE, 43 obras são de responsabilidade do estado e outras 22, de municípios catarinenses. Por segmento, a maior parte das obras paralisadas estão em rodovias e no saneamento básico.
foto> Filipe Scotti, divulgação