Banco de desenvolvimento apura o maior resultado registrado em um primeiro semestre de sua história
O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE encerrou o primeiro semestre deste ano com R$ 1,1 bilhão em operações de crédito contratadas.
O montante representa um crescimento de 35,1% em comparação com igual período do ano anterior. Somados às contrapartidas dos próprios empreendedores,
os financiamentos viabilizaram R$ 1,4 bilhão em investimentos na Região Sul e foram responsáveis pela manutenção e geração de mais de 20 mil postos de trabalho e o incremento de R$ 162 milhões/ano em impostos para os Estados da Região.
O lucro líquido apurado pelo BRDE no primeiro semestre de 2019 foi de R$ 109,6 milhões, o que representa um incremento de 66,7% em relação a igual período do
ano anterior. Este é o melhor desempenho do primeiro semestre na história do banco. O diretor-presidente da instituição, Marcelo Haendchen Dutra, explica que o desempenho foi favoravelmente impactado pela melhoria significativa da carteira. “O resultado reflete principalmente a redução da provisão para operações de crédito,
um recuo de 44,4% no período, comparado ao mesmo período do ano passado”, explica.
Outro fator relevante para o resultado semestral recorde foi a redução do índice de inadimplência (a partir de 90 dias), passando de 2,84% no primeiro semestre de
2018 para 0,88% ao fim de junho de 2019. O percentual alcançado pelo BRDE é inferior ao apresentado pelo conjunto de bancos públicos (2,7%) e inferior ao de todo
o Sistema Financeiro Nacional – SFN, com 2,93%. “Hoje, a inadimplência do BRDE é a menor de todo o sistema financeiro, mais uma mostra de que nossa carteira de
créditos tem um desempenho muito bom”, afirma Haendchen.
Neste período, o BRDE renegociou 91 contratos com empresas com baixo grau de liquidez no curto prazo, mas avaliadas como viáveis no médio e longo prazo. O
montante contratado atingiu R$ 105,1 milhões, permitindo a continuidade operacional e a manutenção dos empregos.
FUNDINGS E RECURSOS EXTERNOS – O sistema BNDES segue como a principal fonte de recursos, com 72,4% das operações contratadas no período. Entre todos os
agentes financeiros repassadores de recursos do BNDES, o BRDE liderou o ranking na região, e ficou em 6º lugar nacionalmente. Os recursos próprios ocupam a
segunda posição, com 9,9%, FGTS com 4,4%, Fungetur com 3,5%, AFD com 2,7%. Os financiamentos à inovação com recursos da Finep, equivalem a 5,8% do total
contratado. De janeiro a junho deste ano, o BRDE manteve a liderança nacional entre os repasses da linha Finep Inovacred.
Em maio de 2019, a Comissão de Financiamentos Externos do Ministério da Economia aprovou a carta consulta do BRDE para operação de US$ 125 milhões com
o Banco Mundial. Os recursos serão usados para financiar projetos voltados à redução do impacto negativo de eventos climáticos extremos e das consequências da
mudança no clima e para a construção de uma maior resiliência dos municípios da região a desastres naturais. O BRDE também está em negociação com o Banco de
Desenvolvimento da América Latina (CAF) uma linha de crédito no montante de até US$ 70 milhões para financiar programas estratégicos na Região Sul.
O BRDE também está em fase de estruturação de um segundo programa com recursos externos do BID, no valor de US$ 100 milhões.
DESTAQUES OPERACIONAIS – No fim de junho, a carteira de crédito do Banco somava R$ 13,4 bilhões, distribuídos em 45.535 operações ativas e mais de 34,5 mil
clientes. Estes clientes estavam localizados em 89,9% dos municípios do Sul. O ativo total alcançou R$ 16,8 bilhões. Do saldo de financiamentos, 32% estava concentrado
no setor agropecuário, 25% na Indústria, 22,3% no segmento de Comércio e Serviços e 20,7% na Infraestrutura.
No primeiro semestre deste ano, foram registradas 1.086 novas operações de crédito. O BRDE é tradicional financiador do agronegócio da Região Sul. Entre os programas
agrícolas do governo federal, liderou os repasses das linhas do BNDES Prodecoop (para desenvolvimento de cooperativas) e PCA (para projetos de armazenagem), mesmo atuando apenas na região Sul.
Do montante de R$ 1,1 bilhão contratados no primeiro semestre, R$ 123,7 milhões referem-se à concessão de crédito ao setor agropecuário. Dos 471 novos contratos do setor,
395 correspondem a financiamentos concedidos a pequenos produtores.
De janeiro a junho deste ano, o segmento da Indústria foi responsável por R$ 352 milhões em contratações em 95 operações, enquanto empresas da área de comércio e serviços
realizaram outras 175 operações de crédito, num montante de R$ 386,2 milhões. O setor de infraestrutura foi responsável por R$ 219,9 milhões em contratações, em 345 operações.