A maioria do Supremo Tribunal Federal votou pelo entendimento de que os réus dos processos onde há delatores serão ouvidos por último nas alegações finais.
Foi essa linha adotada agora que embasou a anulação da sentença proferida contra o ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine.
A partir dessa decisão do STF, a bandidagem está soltando foguetes. Haverá recursos aos borbotões para se anularem todas as sentenças da Lava Jato. Incluindo-se aí as de notórios corruptos condenados como Lula da Silva, Zé Dirceu, Eduardo Cunha e tantos outros.
Como o julgamento ainda não terminou, será retomada na quarta-feira que vem, resta saber se a decisão já consolidada pela maioria dos ministros valerá daqui em diante ou se terá efeitos retroativos. Se retroagir, será o fim da Lava Jato e a volta ainda mais forte da impunidade, do império dos crimes de colarinho branco neste país. Momento perigoso. Resta saber qual será a palavra final do Supremo, os desdobramentos disso e as reações da sociedade a depender dos encaminhamentos.
Forças armadas
É preciso considerar, num cenário extremo de libera-geral, com anulações irrestritas de sentenças, como as forças armadas receberão isso. Não se trata de incitar uma reação, mas sim de alertar. Que os ministros tenham juízo. A Lava Jato pode ter cometido excessos aqui ou ali. Devem ser corrigidos e não devem se repetir. Agora anular tudo? A sociedade não aguenta mais tanta barbaridade, tanta molecagem, tanta sem vergonhice. Alto lá, senhores.
Visita partidária
Prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira, foi sondado pela Executiva Estadual do PSD para ingressar no partido.
O encontro aconteceu em Balneário Camboriú e teve a presença do presidente estadual e deputado Milton Hobus, do ex-prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, e do ex-prefeito de Navegantes, Roberto Carlos de Souza.
Bastidores
Em Balneário Camboriú, as informações contextualizam a notícia. Os pessedistas teriam ido ao encontro do prefeito para cobrar um compromisso que ele teria assumido de assinar ficha no PSD. Reavaliando o cenário, Fabrício Oliveira estaria agora mais inclinado a filiar-se ao Podemos. Mas está sendo pressionado a alistar-se nas fileiras pessedistas e cumprir o combinado.
Troco
Caso isso não ocorra, o PSD estaria retirando o apoio ao projeto reeleitoral do prefeito em Balneário Camboriú. Por falar em Podemos, está chamando a atenção; e causando estranheza o sumiço de Paulo Bornhausen. Ele saiu do PSB e o projeto era assumir em Santa Catarina o partido liderado pelo senador Alvaro Dias. Mas até agora PB não assumiu, de fato, a proa do Podemos.
Minguando
Seguem as baixas no PSB de Santa Catarina. Além de ter perdido o próprio Fabrício Oliveira, o partido está em litígio com dois deputados estaduais – Bruno Souza e Nazareno Martins – e o terceiro, Laércio Schuster, já manifestou descontentamento com os rumos da legenda. O federal da sigla por SC, Rodrigo Coelho, também está pra lá de insatisfeito e deve partir também para a disputa no Judiciário depois de ser suspenso das atividades paritárias por um ano. Ele votou a favor da Reforma da Previdência.
Menos
Agora chegou a vez do prefeito de Rio Negrinho, no Planalto Norte, Júlio Ronconi, que está distribuindo uma carta com os argumentos de sua desfiliação. Ele deixa claro o peso que a saída de Paulo Bornhausen teve nessa decisão. Não ataca ninguém no PSB, mas encerra uma história de 14 anos no partido.