Irritado com a necessidade de cumprir mais de 60 itens estabelecidos pela lei de acessibilidade, o empresário Luciano Hang criticou a prefeitura de Chapecó e a promotoria publica pelos excessos nas exigências. Mostrou itens que ele considera desnecessário como marcas em relevo no piso para cegos, carrinhos elétricos para locomoção e placas informativas em pontaletes nos estacionamentos que segundo ele, são desnecessárias. Luciano Hang foi além ao considerar que a lei é burocrática e foi produzida por burocratas.
A execução da lei de acessibilidade tem como defensor ferrenho na cidade o promotor de justiça Eduardo Senz dos Santos que cobra da prefeitura a execução plena da lei, sem qualquer flexibilidade, independente do caso. O rigor do promotor já provocou polemicas e debates, inclusive pelas entidades empresariais, mas pouco ou nada adiantou. Os casos são imediatamente judicializados pelo promotor, o que assusta empresários e servidores públicos.
Hoje na inauguração da segunda filial em Chapecó LH classificou a lei de “porcaria” e que a aplicação da lei em Chapecó é “anormal”, acrescentando ainda que nenhuma das lojas da Havan no Brasil foram necessários tantos ajustes. “Às vezes as pessoas se utilizam do cargo para mandar na cidade promovendo um verdadeiro terror” acusou o empresário, se referindo aos supostos exageros na aplicação da lei pelo promotor.
O prefeito de Chapecó Luciano Buligon, mesmo diante das duras críticas, compareceu ao evento de inauguração e reafirmou seu compromisso com a desburocratização dos processos. Disse em seu discurso que recentemente a prefeitura aprovou a lei da liberdade econômica que acelera a implantação de novos negócios na cidade. Disse ainda que a lei de acessibilidade deve ser levada a todos os cidadãos Brasileiros de forma adequada, segura e autônoma, reduzindo barreiras do dia a dia e facilitando a vida dos deficientes.