Blog do Prisco
Coluna do dia

PMDB ameaça deixar governo

PMDB ameaça deixar governo

Conforme a coluna revelou na edição de ontem, a nomeação do ex-prefeito Djalma Berger (PMDB), irmão do senador Dário Berger (PMDB), para a presidência da Eletrosul, está em stand by. Subiu no telhado. Mesmo depois de as bancadas do próprio PMDB e do PT chegarem a um acordo para este encaminhamento, que contempla, ainda, a investidura do petista Cláudio Vignatti na diretoria de Operações ou Financeira da elétrica.

Acordo avalizado pelo ministro Aloizio Mercandante (PT), a reboque das votações fieis do senador peemedebista a favor do governo.

O caso catarinense é apenas um a insuflar a onda de insatisfação que toma conta do maior sócio do PT no consócio governista. Promessas não cumpridas, que significam cargos estratégicos não preenchidos, tonaram-se rotina.

Há peemedebistas sentindo-se traídos, pois assumiram o ônus das votações a favor do arrocho fiscal (aumento de impostos e redução de benefícios sociais) ditados por Dilma e coordenados pelo ministro Joaquim Levy. E o Planalto não entrega e parece fazer pouco caso da mercadoria que prometeu quando precisava do apoio no Legislativo.

 

 

Corrosão e candidatura

Segundo um alto cardeal do manda brasa catarinense, cresce o movimento em favor do desembarque peemedebista do governo petista. E não apenas pela falta de compromisso com a palavra empenhada, mas também pela corrosão da imagem da presidente e de seu governo. A turma está avaliando o custo-benefício de permanecer aliada à administração, que está à beira do abismo, quando a legenda propala que deseja ter candidato a presidente em 2018. A conferir se a petista terá condições de estancar a sangria e até que ponto o PMDB estaria mesmo disposto a debandar.

 

 

A geleia aliada

Raimundo Colombo recebeu a base aliada, e deputados considerados independentes, ontem de manhã. Explicou aos parlamentares que vai enviar na sexta-feira à Alesc o projeto de lei que transforma as Secretarias Regionais em agências de Desenvolvimento. Na prática, a medida pode significar o começo do fim das SDR’s, criadas por Luiz Henrique da Silveira. A ideia é extinguir quase 300 cargos que não foram preenchidos neste segundo governo.

 

 

Uma a menos

A SDR da Grande Florianópolis será extinta e suas diretorias voltarão para as secretarias centrais afins (como Saúde, Educação e Infraestrutura). Assim, o Estado terá 35 agências de desenvolvimento sem status de primeiro escalão de governo. A discussão no Parlamento ficará para o segundo semestre e tudo indica que o governador terá enormes dificuldades para aprovar a medida.

 

Peripécias no Planalto

O colunista Cláudio Humberto, que escreve diretamente de Brasília, revelou esta semana que a catarinense Eva Chihavon, petista que já foi a “Dilma da Bahia” no governo Jaques Wagner, a exemplo da chefe, não é reconhecida pela simpatia. Secretária-executiva do Ministério da Defesa, ela recebeu recentemente uma comitiva de políticos pernambucanos, mas recusou-se a tirar fotos com eles.

 

 

 

Guarda-chuva

Todos os órgãos de governo (como a Casa Civil e a Secretaria de Justiça e Cidadania) que têm diretoria ou coordenadoria de Direitos Humanos deverão transferir este segmento ao guarda-chuva da Secretaria de Assistência Social do Estado. A secretária Angela Albino explica que projeto de lei neste sentido está sendo gestado. Deve ser enviado à Alesc no segundo semestre. A receptividade dos deputados tem sido muito boa, garante Angela.

 

 

 

Zanotto e os números

Advogado Adriano Zanotto entra em contato com a coluna para informar que a contabilidade de suas duas gestões à frente da OAB foi aprovada pelo Conselho Federal. Zanotto saiu do Iprev em abril e avalia nova candidatura à presidência da entidade. Explica que, se as contas não tivessem sido aprovadas, Paulo Brincas, candidato da situação para a eleição de novembro, também seria responsabilizado, pois era o tesoureiro do segundo mandato dele à frente da Ordem.