Blog do Prisco
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Cenário em Lages

A coluna já antecipou que o ex-procurador-geral do Ministério Público de Santa Catarina, Lio Marin, vem sendo sondado para ter a primeira experiência político-eleitoral de sua vida. Ele pode se aposentar entre março e abril, tornando-se apto com vistas ao pleito municipal de outubro. Ainda não se sabe qual seria o partido de Marin, mas o nome dele é visto com simpatia não só pelo prefeito Antônio Ceron, que já deixou claro que não pretende concorrer á reeleição; como pelo ex-governador Raimundo Colombo. Outro que apostaria suas fichas no procurador é Gelson Merisio, que já presidiu o PSD de Ceron e Colombo, e hoje faz parte do ninho tucano.

Há outros partidos de olho em Lio Marin na maior cidade serrana.

Paralelamente a isso, contudo, não se pode ignorar que a sucessão em Lages hoje conta com um nome natural. O da deputada federal Carmen Zanotto. Ela está no terceiro mandato em Brasília, onde vem tendo atuação das mais destacadas. Tanto na Câmara como no contexto de seu partido, o Cidadania. Carmen Zanotto vem relatando matérias importantes, sempre com precisão e sintonia com os desejos do eleitorado.

Espaço

Se ela disputar e eventualmente obtiver êxito, quem fica com espaço aberto para voltar à Câmara dos Deputados é o próprio Colombo. Sim porque para a disputa majoritária de 2022 não existem perspectivas para ele. Nem ao Senado e muito menos ao governo.

Hora de avaliar

Até mesmo a deputada pode estar raciocinando na seguinte linha. Se ela não conquistar a prefeitura, Raimundo Colombo pode se lançar a federal em cima dela, no mesmo espaço. Carmen Zanotto vem sendo muito bem votada em Lages. Coisa de 50 mil votos. Com o ex-governador no páreo, a tendência é de divisão deste eleitorado, colocando em risco a permanência dela em Brasília.

Vir ou ficar?

A parlamentar está avaliando. Em conversas reservadas, ela sinaliza o desejo de continuar no Congresso.

Histórico

Normalmente, deputados federais não têm sucesso quando tentam a eleição a prefeito de Lages. Em 1992, Raimundo Colombo era o prefeito. Havia sucedido Paulo Duarte, que conquistou mandato de federal. O parlamentar quis voltar ao paço, recebendo a chave da cidade novamente de Colombo.

Colou

Duarte se candidatou e concorreu com Fernando Coruja, que era vereador. Este venceu o pleito. A bordo do discurso de que a região serrana não poderia perder seu representante na Câmara dos Deputados.

Feitiço e feiticeiro

Curiosamente, 16 anos mais tarde, o discurso vencedor voltou-se contra o próprio Fernando Coruja. Em 2008, o então deputado federal quis novamente administrar Lages. Concorreu com o prefeito Renatinho, que era vice de Raimundo Colombo e assumiu com a renúncia dele para disputa ao Senado de 2006. Renatinho foi à reeleição e bateu Coruja. Usando o bordão de que Lages e região não poderiam ficar sem assento na Câmara Federal.

Futuro dirá

Resta saber se esta história terá um terceiro turno caso a deputada Carmen Zanotto se apresente para a disputa municipal deste ano, em Lages.