Depois de rejeitar a contraproposta de reposição inflacionária apresentada pelo Governo do Estado, que ofereceu 17,5%, contra 22% colocada pelos militares, a Associação de Praças de Santa Catarina (APRASC) trabalha agora na busca por apoio político junto aos demais poderes.
Nessa terça-feira, o presidente da associação, João Carlos Pawlick, acompanhado do diretor regional da Grande Florianópolis, Walter Teixeira e o advogado, Leonardo Borchardt, estiveram reunidos com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Julio Garcia.
Durante a conversa, a diretoria esclareceu que a proposta do governo repercute em uma atualização monetária de cerca de 8% (oito por cento), parcelados até 2022 (menos 2% em cada parcela), desrespeitando toda a perda aquisitiva que os policiais e bombeiros militares sofrem desde 2013. “É importante esclarecer que o percentual ventilado pelo governo, de 17,5%, não é refletido nas tabelas apresentadas”, destacou o Borchardt.
O grupo demonstrou preocupação com as consequências do fim das negociações. A Secretaria de Estado da Administração deu o prazo de até quarta-feira para a entidade responder se aceita ou não a contraproposta. “A consulta aos praças demonstra que a não aceitação da proposta é iminente, e o desrespeito às perdas inflacionárias, somado ao anunciado encerramento das negociações por parte do governo, certamente repercutirá em prejuízos à segurança pública. A tropa está indignada e estamos preocupados com o que pode acontecer”, ressaltou Pawlick.
Garcia manifestou apoio para as lutas da categoria que forem travadas dentro do parlamento. E também informou que irá compartilhar com os demais poderes essa preocupação.