Se encerrou ontem o prazo, estabelecido pelo secretário Jorge Tasca (Administração), para as 14 entidades que contemplam todos os segmentos da segurança pública em Santa Catarina se posicionassem sobre a proposta de reajuste levada à mesa pelo governo.
Na sexta e no sábado, a Adepol e o Sinpol já se posicionaram, aceitando o aumento de 17,5%.
Na manhã desta segunda-feira, outras duas associações, dos oficiais da PMSC da ativa e a dos inativos também apoiaram a oferta governista.
Significa que ainda faltavam nove entidades manifestarem seus posicionamentos até o fechamento desta edição.
Sim, porque a Aprasc, congregando 14 mil praças policiais e bombeiros militares, foi a única até o momento que não aceitou a proposta do Centro Administrativo.
Pelo princípio da paridade entre as categorias, a contraproposta da Aprasc significaria um impacto de R$ 1,2 bilhão na folha do funcionalismo estadual até 2022.
Importante frisar que a segurança pública ficou seis anos sem qualquer reajuste. A atual gestão está só no segundo ano e aí a pergunta que não quer calar: por que não pressionaram os governadores que deram plantão no passado? Em pleno ano eleitoral, este tipo de postura rende desconfianças e especulações.
Nas asas do povo
Logo que assumiu, o presidente Jair Bolsonaro determinou que se estabelecessem restrições ao uso e abuso de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para viagens de autoridades.
A situação passou de qualquer limite. Rodrigo Maia, o Botafogo das planilhas da Odebrecht, voou nas asas da FAB, ou melhor do povo, porque toda a estruturada é bancada com recursos públicos, 229 vezes em um ano. Levando 2 mil convidados, algo jamais visto.
Olho no olho
ACM Neto, o prefeito de Salvador, presidente nacional do DEM de Maia, nos bastidores lança alertas ao correligionário. Perguntou como o presidente da Câmara fará para voar em aviões de carreira quando deixar a presidência da Câmara? Sim, porque quando a farra acabar, o demista terá que encarar as pessoas.
Tiroteio
A investida de Bolsonaro sobre a FAB soa como mais um capítulo da guerra pessoal entre ele e Rodrigo Maia. Os dois vivem às turras, nas internas e trocando farpas publicamente.
Rombo à esquerda
A bancada do PT/SC na Assembleia Legislativa contesta os números que estão sendo divulgados por parlamentares, de que o déficit da previdência estadual é de R$ 4,5 bilhões. Segundo o deputado Fabiano da Luz, líder petista, com base em números disponibilizados pela Secretaria Estadual da Fazenda (SEF) do último quadrimestre de 2019, este é o valor da “despesa previdenciária” e não considera a receita, que foi de R$ 1,67 bilhão. “A diferença, portanto, entre a despesa e a receita é de R$ 2,8 bilhões. Este é o montante real do déficit”, explica o parlamentar.
Nata
Outra informação relevante, tendo como base dados disponibilizados pelo Instituto de Previdência do Estado de Santa Catarina (Iprev), é que o salário de apenas 2.621 servidores inativos representam 21,3% do déficit de R$ 2,8 bilhões.