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Manchete

MDB vai cobrar e fiscalizar ações dos governos federal e estadual

O MDB-SC vai cobrar do governo federal e, principalmente, estadual, ações e recursos para atender todas as regiões de Santa Catarina no combate ao coronavírus. A decisão foi tomada pela Executiva emedebista em videoconferência promovida para discutir o posicionamento quanto às medidas aprovadas pelo Poder Público para enfrentar a pandemia. De acordo com o presidente Celso Maldaner, o partido continuará apresentando propostas que coloquem a saúde da população em primeiro lugar, mas não abrirá mão de fiscalizar os termos e a destinação dos valores já aprovados.

– Pregar a união de todos contra o vírus não significa fechar os olhos para eventuais abusos ou arbitrariedades, nosso papel é estar ao lado da sociedade também nesse aspecto – disse Maldaner.

Um dos questionamentos, já feito inclusive pelo deputado estadual Valdir Cobalchini em pedido de informação ao governo catarinense, é sobre os critérios para determinar os municípios que receberão hospitais de campanha. Como o ex-governador Paulo Afonso Vieira observou, a quarentena deveria ser usada também para montar toda uma estrutura de saúde pública que possibilitasse a retomada gradual das atividades, o que os municípios alegam não estar ocorrendo com a agilidade que o momento impõe.

Segundo o presidente da Associação dos Prefeitos do MDB-SC, José Antônio Guidi (Dudão), a prometida ajuda dos governos ainda não chegou na cidade que ele administra, Curitibanos, nem na maioria das demais que ele tem conhecimento. O pré-candidato à prefeitura de Tubarão, Cristiano Ferreira, que também é cardiologista, relatou a mesma situação em sua região e alertou: a flexibilização que está sendo adotada agora terá que ser revista em algumas semanas porque o número de infectados pode disparar – e não haverá leitos suficientes.

– Estamos vendo muitas ações serem implantadas ou negligenciadas por políticos que querem ‘jogar para a torcida’, sem considerar as orientações médicas – afirmou.

No entendimento do doutor, é fundamental defender os profissionais da saúde, “que estão desamparados, às vezes sem condições mínimas para atuar, como falta de máscaras”. Outra situação relatada por Ferreira, que trabalha em dois hospitais, é a dificuldade no acesso da população aos serviços básicos de saúde, pois muitos estão atendendo apenas casos de emergência de covid-19.

Além dessas questões que merecem atenção, o prefeito Dudão sugeriu gestões no sentido de permitir o uso de uma parcela maior do que os 25% do orçamento municipal para saúde. Por enquanto, o que há de concreto são os projetos citados por Maldaner que o Congresso já aprovou por deliberação remota para manter ou ampliar repasses para os municípios e desonerar a aquisição de equipamentos.

– Estamos priorizando a saúde, nem entramos a fundo na parte econômica ainda – ressaltou o presidente.

Participaram também da reunião os deputados federais Carlos Chiodini e Rogério Peninha Mendonça; os deputados estaduais Fernando Krelling, Luiz Fernando Vampiro, Moacir Sopelsa e Volnei Weber; o vice-presidente do MDB-SC, Edinho Bez; os presidentes do MDB Mulher e JMDB catarinenses, Dirce Heiderscheidt e Filipe Schmitz; o ex-governador Eduardo Pinho Moreira; e o vice-prefeito de Brusque, Ari José Vequi, membro da Executiva estadual.