Apesar de ter morrido há cinco anos, Luiz Henrique da Silveira segue inspirando e sendo referência ao MDB.
A atual direção partidária, diante do quadro de pandemia, está promovendo vídeoconferências nas 36 regionais onde outrora LHS implantou as já extintas secretarias regionais.
Já promoveram várias. Um dos fatos curiosos dessas reuniões virtuais foi o apoio interno que o ex-governador Eduardo Moreira vinha dando ao senador Dário Berger, para que ele venha a ser o candidato ao governo em 2022. Moreira sempre esteve contra Berger. Pelo visto mudou radicalmente de posição. Principalmente porque não tem voto. A última eleição que ele disputou de verdade foi em 2000. E perdeu para o petista Décio Góes, que virou prefeito de Criciúma. De lá em diante, o lagunense radicado em Criciúma só foi vice. Uma vez de Luiz Henrique e duas de Raimundo Colombo. Em uma dessas oportunidades, Moreira havia inclusive arrancado a indicação partidária para a cabeça de chapa. Mas se entregou para Colombo e o então presidente nacional do MDB à época, Michel Temer, o expulsou do partido.
É este o homem que agora quer ver Dário Berger candidato a governador. O senador, registre-se, nunca participou de nada dentro do partido, como é seu perfil. Curiosamente, começou a participar das videoconferências, mas ele não conhece, por exemplo, o MDB do Oeste de Santa Catarina. Como Dário Berger é visto com enorme desconfiança pelas fileiras emedebistas, o partido, na verdade, mira em dois nomes empresariais do Norte catarinense: Udo Döhler, que vai tentar fazer o sucessor em Joinville, e Antídio Lunelli, que disputará a reeleição em Jaraguá do Sul. Do êxito de ambos em suas bases dependerá seu futuro como nome majoritário estadual do Manda Brasa.