Blog do Prisco
Manchete

Controlador-geral será ouvido novamente na CPI

Na décima sessão da CPI dos Respiradores da Alesc, marcada para a próxima terça-feira (23), estão previstos novos depoimentos do Controlador Geral do Estado Luiz Felipe Ferreira e do advogado e ex-secretário de Saúde de Biguaçu, Leandro Adriano de Barros. Eles haviam prestado depoimento no mês passado e serão reinquiridos com o objetivo de eliminar dúvidas com relação a novas informações, dados e declarações que surgiram na sequencia dos trabalhos, segundo requerimento do relator da CPI, deputado Ivan Naatz (PL).
Outro depoente relacionado para a terça é o do representante da empresa fornecedora de respiradores Cima, divisão do Panamá, Samuel de Brito Rodovalho. Ele é suspeito de negociar comissão (propina) em proposta de importação para o governo catarinense e que estava sendo feita a direção de uma empresa de Joinville.
Este detalhe chamou a atenção no depoimento desta quinta-feira (18) do empresário Rafael Wekerlin, CEO da Brazilian International Business. O empresário da empresa de Joinville confirmou à comissão parlamentar de inquérito que investiga a compra dos 200 respiradores pelo Estado que houve pedido de comissão, no valor de R$ 3 milhões, para que sua empresa fosse contratada para fazer a importação dos equipamentos da China. A proposta, sem especificar quem seria a pessoa que teria pedido ou receberia a tal comissão, teria sido feita via grupo de WhatsApp criado para a negociação e recusado por Wekerlin que afirmou ter encerrado as conversas, a partir daí.

O empresário também confirmou à CPI que a pré-proposta que encaminhou ao Estado foi copiada na proposta utilizada pela Veigamed, empresa que acabou recebendo o pagamento antecipado de R$ 33 milhões. Ao analisar o andamento dos trabalhos, o relator Ivan Naatz , disse que a cada nova reunião tem se surpreendido com os fatos que chegam à comissão. “O principal deles, e que aparece em todos os depoimentos, é que o governo do estado e seus gestores demoraram para agir quando o problema na compra dos respiradores foi identificado. Uma demora que custou e custa caro a todos os catarinenses”, afirmou. A meta do deputado é ter o relatório final concluído até o mês de julho.