Após a divulgação da informação da Força Tarefa de que autos do processo que investiga a compra dos 200 respiradores pulmonares pelo governo de Santa Catarina e tramitavam na Vara Criminal da Grande Florianópolis foram remetidos para o STJ (Superior Tribunal de Justiça) diante da “possível participação” do governador Carlos Moisés nos crimes investigados, o deputado proponente e relator da CPI dos Respiradores na Assembléia Legislativa , Ivan Naatz (PL) disse que encaminhou pedido de estudo à Procuradoria Geral da Alesc sobre análise da possibilidade legal de prévio afastamento do cargo de Carlos Moisés do cargo enquanto tramitar a investigação. “É lamentável e triste para Santa Catarina, para aqueles que acreditaram que estava se fazendo uma nova política “, disse o deputado via redes sociais .
O juiz da Vara do Crime Organizada da Grande Florianópolis, Elleston Canalli, decidiu nesta segunda-feira( 22) enviar para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) o processo que porque surgiram indícios de uma possível participação do governador Carlos Moisés da Silva no ato. Como chefe do Executivo, Moisés tem foro privilegiado e processos que o envolvam devem tramitar no STJ.
CPI DOS RESPIRADORES – Enquanto isso, a expectativa nesta terça-feira ( 23) em mais uma sessão da CPI dos Respiradores, fica por conta do depoimento do representante da empresa de medicamentos Cima, Divisão do Panamá, Samuel de Brito Rodovalho. No relatório feito pelo juiz, é citado que “ a perícia do telefone celular do empresário Samuel de Brito Rodovalho indica que o governador Carlos Moisés tinha conhecimento da situação envolvendo a compra dos respiradores pulmonares.”
Samuel é suspeito de ter intermediado o contato com um empresário de Joinville para a compra dos respiradores e questionado sobre possibilidade de pagamento de propina de R$ 3 milhões, embora sem indicar nomes. O empresário seria ouvido de forma remota na reunião da quinta-feira passada, mas os deputados decidiram adiar o depoimento dele para esta terça-feira para fazê-lo de forma presencial. Também serão ouvidos novamente nesta terça para sanar dúvidas, o controlador geral do Estado Luiz Felipe Ferreira e o advogado e ex-secretário da Saúde de Biguaçú Leandro Adriano de Barros . A sessão da CPI inicia a partir das 17 horas.