Primeiro ano de morte do ex-deputado federal foi lembrado pela deputada
O primeiro ano da morte do ex-deputado federal Walmor de Luca, nesta quarta-feira (9), foi lembrado pela deputada estadual Ada Faraco de Luca (MDB). Em pronunciamento na Assembleia Legislativa, Ada resgatou o histórico político de Walmor, lembrando que a convivência “sempre foi marcada por admiração e respeito mútuos”.
“Suas palavras e conselhos seriam muito válidos nestes momentos de grave crise política e social que estamos vivendo. Querido Walmor, sua presença física faz falta, mas o seu legado nos conforta”, afirmou Ada.
Walmor é filho de Jorge Elias e Gília, pai de Fabiana e Giovana, e avô de Valentina, Catarina e Paola. Farmacêutico e bioquímico por formação, líder político por vocação. Emedebista raiz, vereador, deputado federal Constituinte, secretário de Estado da Saúde, presidente da Telesc e da Casan.
“As nossas longas conversas fluíam com muitas convergências, afinal, compartilhamos dos mesmos ideais, por justiça social e respeito às pessoas. Sempre respiramos política. Aliás, nós nos conhecemos na prisão, eu visitando meu pai, ele um amigo, ambos presos políticos”, lembrou Ada.
Os deputados Valdir Cobalchini e Moacir Sopelsa, ambos do MDB, também homenagearam Walmor de Luca. “Era uma liderança reconhecida em todo o país, ocupou funções importantes. Era um exímio articulador político, fundamental na eleição do nosso eterno governador Luiz Henrique. Na Casan, desenvolveu um brilhante trabalho em todo o nosso Estado”, disse Cobalchini. “Foi um grande empreendedor. Santa Catarina foi o primeiro Estado do Brasil a receber telefonia em fibra ótica. Isso se deve muito ao trabalho do doutor Walmor quando passou pela Telesc”, afirmou Sopelsa.
VIDA E ATUAÇÃO POLÍTICA
Nasceu em 22 de março de 1938, em Criciúma.
Filho de Jorge Elias de Luca e de Gília Rizzieri de Luca.
Casou com Ada Faraco de Luca, é pai de Fabiana e Giovana e avô de Valentina, Catarina e Paola.
Formado em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal do Paraná, em 1962.
Participou da fundação do MDB.
Vereador de Içara entre 1967 a 1970.
Deputado federal entre 1975 a 1978, 1979 a 1982, 1983 a 1986, e 1987 a 1991.
Na Câmara, foi Deputado Constituinte, participando ativamente do documento histórico conduzido por Ulysses Guimarães e promulgado em 5 de outubro de 1989. Participou de CPIs importantes, como a que investigou a compra de hospitais pelo INSS, e sobre o Polo Petroquímico do Sul. Integrou comissões relevantes como Minas e Energia; Finanças e Orçamento e Saúde. Foi secretário da Mesa Diretora e vice-líder da bancada PMDB. Representou o Brasil em missões internacionais em Angola, Líbano, Síria e na Organização das Nações Unidas.
Secretário de Estado da Saúde em Santa Catarina no governo Pedro Ivo Campos, em 1989 e 1990.
Assessor do Ministério da Saúde no governo Itamar Franco, em 1991 e 1992.
Presidente da Telesc (Telecomunicações de Santa Catarina), entre 1993 e 1995.
Presidente da Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento) no governo Luiz Henrique da Silveira, entre 2003 e 2011.
Morreu em Florianópolis, aos 81 anos, em 9 de setembro de 2019