Resultado absolutamente esperado no segundo pedido de impeachment aceito quase que por unanimidade na Alesc esta semana. Agora o caminho é a composição de uma novo Tribunal Especial a ser formado por parlamentares e desembargadores para as investigações relacionadas às suspeitas de erros governistas durante a pandemia.
Todos os olhos estão voltados agora para sexta-feira, 23, quando o primeiro Tribunal Especial tem sessão ordinária. A tendência é pelo afastamento temporário de Moisés da Silva e Daniela Reinehr por até 180 dias, o que abre caminho na linha sucessória para a posse interina do presidente da Alesc, Júlio Garcia, como governador.
As duas defesas entraram com pedidos de adiamento da sessão. É pouco provável que obtenham êxito.
Poço sem fundo
O tamanho da fragilidade política de Moisés da Silva, um poço que ele mesmo construiu rápida e certeiramente com todo o empenho em um ano e meio, ficou evidenciado na terça-feira, em sessão que durou horas. O plenário da Casa se reuniu para votar a admissibilidade do segundo processo de impeachment, que já havia passado na Comissão Especial Exclusiva de Parlamentares e é embasado no escândalo dos Respiradores.
Goleada
O placar foi esmagador contra o governador: 36 votos pela continuidade do impeachment e apenas dois contrários. Três parlamentares mudaram o voto em relação ao primeiro pedido de impedimento, quando 33 deputados votaram pelo prosseguimento. E o tucano Vicente Caropreso, que votou com o governador no primeiro processo, passou mal e não participou da sessão.
