A família Amin tem um quê pelo chamado cavalo-de-pau na política. Lá em 1985, o primeiro episódio, quando Jaison Tupy Barreto estava no finalzinho do seu mandato de senador e já alistado no PDT de Leonel Brizola e não mais no PMDB. O neo-pedetista, à época, se aproximou e fechou acordo com o então governador Esperidião Amin para as eleições municipais na Capital naquele distante 1985. O acordo entre Amin e Jaison, direita e esquerda no espectro ideológico, deu-se em torno do nome do nome de Chiquinho Assis (PP), com Manoel Maneca Dias, do PDT, de vice.
Além da questão ideológica, nos anos 1980 era ainda mais intensa a rivalidade PP X MDB. Em 1982, Amin havia derrotado, numa eleição de resultado muito polêmico, o próprio Jaison Barreto por 12.500 votos.
Três anos depois eles estavam juntos em Florianópolis. Não funcionou. Edison Andrino, do MDB, deu de relho naquele pleito e venceu por mais de 15 mil votos.
Esse resgate é importante para voltarmos a 2020 e ao cenário atual. Este vídeo é emblemático.
Em 2004, o hoje senador Dário Berger (MDB), que aparece mais do que convicto pedindo votos para Angela Amin, elegeu-se prefeito da Capital vencendo o mesmo Chiquinho Assis que perdeu em 1985.
Quatro anos depois, Dário bateu o próprio Esperidião Amin na eleição em Florianópolis e renovou o mandato à frente do Executivo da Capital. Pergunta-se: Se há 35 anos, a junção de antigos rivais/inimigos não funcionou, será que vai funcionar agora, neste novo cavalo-de-pau do clã Amin? Faltam pouco mais de 20 dias para a resposta que virá diretamente das urnas.