Federação de municípios reuniu governo e entidades e reforçou pedido por mais fiscalização do Estado e campanha massiva de informação e orientação |
A Federação Catarinense de Municípios (FECAM) compartilhou preocupação com os órgãos de governo e justiça, sobre o crescimento exponencial dos casos de Covid-19 e do relaxamento das medidas de prevenção por parte da população, principalmente após o feriado de 12 de outubro. Em pedido de atenção e urgência, considerando o feriado prolongado de finados, a FECAM e os executivos reforçaram a necessidade de apoio em fiscalização nas cidades e campanha estadual massiva feita pelo Governo com orientação das medidas em vigor e da necessidade da população seguir as regras para evitar que a contaminação acelere de forma desordenada. Em período eleitoral, para as prefeituras há uma série de medidas, incluindo autorizações judiciais para veiculação de campanhas neste sentido.
O diretor executivo da FECAM, Dionei Walter da Silva, destaca que com a flexibilização e a necessária retomada das atividades econômicas, há uma falsa sensação por parte da população de que as medidas de saúde (higiene e distanciamento social) não são mais importantes. “Ao mesmo tempo que o Mapa vai melhorando, como aconteceu há algumas semanas, as medidas precisam continuar. É preciso deixar claro que a pandemia não acabou. Há uma resistência da população e isso nos acende um alerta”, destacou o diretor executivo da FECAM. Ele comentou ainda a preocupação com o início da temporada de verão, com aumento de risco e o descontrole das ações. A fiscalização ao descumprimento das medidas, cita Dionei, é a grande dificuldade dos prefeitos, principalmente em períodos como esse de feriado prolongado. “A autoridade sanitária do município não tem estrutura, não tem profissionais para impedir e fiscalizar todas as aglomerações”, cita ele, lembrando que principalmente em municípios pequenos o número de policiais não é suficiente para a grande demanda de chamados. Em formato virtual, a reunião proposta pela FECAM e realizada na terça-feira (27/10), contou com equipe técnica e política da Federação, os executivos das Associações de Municípios (AMs), representantes das coordenadorias Regionais de Saúde e da Vigilância Sanitária, Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS), Bombeiros, Polícia Civil, Polícia Militar, Secretaria de Estado da Saúde e Secretaria de Estado da Segurança Pública e Ministério Público. O Estado, que no Mapa da Matriz de Risco Epidemiológico apresentava-se estável, agora aparece em crescimento e é um grande desafio para os gestores públicos municipais. Segundo a FECAM, houve aumento significativo na quantidade de casos ativos de uma semana para outra, passando de 8.082 para 10.328, o que representa crescimento de 27,79%. O último boletim da matriz de risco data de 26 de outubro e o anterior do dia 14. NÚMEROS Todos os 295 municípios catarinenses têm registro de casos confirmados e, segundo os dados do governo estadual, em 233 municípios há o registro ao menos um óbito. Ainda cita que dos 1.473 leitos de UTI existentes no SUS, há 900 ocupados por 226 pacientes com confirmação ou suspeita de infecção. Segundo os dados oficiais, a ocupação hospitalar é de 61,1% e há 573 leitos livres atualmente. |