Com essa decisão do MPSC, de inocentar e pedir o arquivamento do inquérito que tramita na Justiça estadual contra o governador de SC (https://www.blogdoprisco.com.br/mpsc-inocenta-moises-no-caso-dos-respiradores/), Moisés da Silva aumentou sobremaneira suas possibilidades de livrar-se das pendências políticas (aqui – Alesc) e jurídicas (Brasília – STJ), o que, obviamente, o fortalecerá no cenário estadual. Ainda mais se ele conseguir conduzir a segunda metade do mandato de forma realizadora e proativa, com obras e a almejada recuperação econômica.
Interlocutores do governador têm percebido que ele se mantém tranquilo, porém, com a sensibilidade política bem mais apurada. Moisés está mais maleável politicamente? Sim, sem dúvidas. O governador, contudo, não deve arredar o pé de seus princípios.
Ou seja, tudo indica que Moisés da Silva não entrará em nenhuma situação que coloque em risco a idoneidade de seu governo.
No frigir dos ovos, os recentes fatos relacionados à Operação Alcatraz também o favorecem na medida em que o deputado Júlio Garcia está muito fragilizado. Fragilidade que, por extensão, atinge a instituição Assembleia Legislativa. Trocando em miúdos. O governador não fica mais com a faca pressionada diretamente sobre sua jugular.
Pergunta-se: como os deputados vão votar contra Moisés da Silva no pedido de impeachment se o seu colega mais influente, ainda presidente afastado do Legislativo, está preso?
É mais um ingrediente para reforçar a tendência de que o governador sairá ileso deste segundo pedido de impedimento, considerando-se, também, que já havia clima para que ele escapasse. Agora, definitivamente, não há outro caminho para os deputados senão votar pela inocência do chefe do Executivo.
Evidentemente que os desembargadores também podem ser influenciados por este despacho do MPSC. Ou seja, 2021 não poderia começar mais favorável sob a ótica do governador de Santa Catarina.