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Manchete

O abre e fecha em SC

Depois de resistir até o limite tentando evitar a adoção de medidas mais restritivas, o governador Moisés da Silva não teve escolha ante o quadro desolador que Santa Catarina vive na área de saúde. Neste fim de semana e no próximo, os catarinenses voltarão a conviver com este expediente nefasto chamado lockdown. Fecha praticamente tudo, polícia nas ruas e o retorno total da incerteza em relação ao futuro.
Se vai funcionar para deter a escalada do coronavírus no estado só saberemos mais adiante.
Na verdade, o que está se tentando é um paliativo. Comerciantes, empresários, industriais, empregados, profissionais liberais, todos sentiram na pele os efeitos avassaladores do fechamento de março do ano passado. Ninguém quer aquela realidade de volta ao dia a dia, o que levou o governo a pensar nesta saída nem tanto à terra nem tanto ao mar.
A conferir os efeitos sanitários e econômicos também destas medidas, pois muita gente boa estava tentando se reerguer, recomeçar e agora vai ter que fechar seu comércio e interromper o fluxo comercial de muitos produtos por 48 horas.
Decretos e leis existem para serem cumpridos. Que se cumpra mais este. E que os resultados sejam os melhores possíveis na questão sanitária e os menos danosos possíveis sob o aspecto da economia, uma equação das mais complexas neste momento.

Colpaso

A declaração do secretário da Saúde de Santa Catarina, André Motta Ribeiro, sobre o colapso na saúde estadual repercutiu em todo o país. E foi o embrião do novo sistema de lockdown.

Agora é universal

A pandemia começou a alcançar pessoas mais jovens, crianças e bebês inclusvise. O número de mortes também cresceu substancialmente de maneira geral nos últimos dias. O Laboratório Santa Luzia até quinta-feira já havia identificado 16 pessoas com a nova cepa britânica do coronavírus. Seria este também um fator que estaria acelerando a disseminação do vírus? Ainda não se sabe.

Pra inglês ver

Já há uma avaliação, pelos meandros da Saúde, de redução do tempo de permanência dos pacientes nas UTI’s. Para gerar rotatividade! Como chegamos a esta situação, caro leitor? O quadro guarda relação direta com a inoperância dos governos, todos, em todos os níveis. Recursos vieram a rodo para todo mundo durante 2020. A maioria dos municípios está fechando as contas no azul. E onde foi parar esse dinheiro? O que foi feito para combater a doença durante quase um ano? Com a palavra, os senhores prefeitos e governadores.

Teatro

Aí vem o prefeito de Xanxerê pedir intervenção federal no muincípio. Que é isso? Que palhaçada é essa? Ele que use os recursos que foram disponibilizados para cuidar minimamente da sua cidade. E assim outros tantos prefeitos estado afora que precisam parar de reclamar a agir um pouco mais.

Foco

Além disso tudo, há outro aspecto que precisa ser resgatado. Aquela brincadeira da Assembleia de abrir processos de impeachment no ano passado, dois foram instaurados, para derrubar o governador e a vice, acabou tirando o foco dos poderes no combate ao vírus.

Responsabilidade

Moisés da Silva tem sua parcela de responsabilidade sobre esse quadro caótico. Prometeu, por exemplo, hospitais de campanha. Onde estão, governador? Agora, aquele jogo sujo pelo poder no ano passado contaminou a política estadual. Como viram que não conseguiriam degolar a vice para a tomada total do poder, se aproximaram, ficaram todos amigos, o governo foi todo dominado. E egora? O que está efetivamente sendo feito em relação à pandemia? Ao fim e ao cabo, cada líder tratou de cuidar de sua vida, de suas eleições, de seu futuro político e o duro contexto social ficou, claro, em segundo ou terceiro plano. O resultado está aí.

foto>Julio Cavalheiro, Secom, arquivo

 

 

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