A mais antiga entidade médica estadual enfrenta o maior desafio da medicina e da sua história numa força-tarefa sem precedentes em defesa da saúde e dos médicos catarinenses
Respiradores, medicamentos, leitos, insumos, informação, treinamento, exames e vacinas são algumas das palavras que compõem o cenário do aniversário de 84 anos da Associação Catarinense de Medicina (ACM), nesta quarta-feira (dia 28 de abril). Num ano de tantos desafios, não haverá tempo nem espaço para comemoração, mantendo o foco no indispensável reconhecimento aos médicos que estão há mais de um ano enfrentando o novo coronavírus, seja na linha de frente dos hospitais, seja em seus consultórios cuidando da saúde de seus pacientes.
O presidente da entidade, Ademar José de Oliveira Paes Junior, um dos principais articuladores no enfrentamento da pandemia no estado, lembra que, “pelas mãos da ACM, a medicina vem ultrapassando suas fronteiras para proteger a saúde e o desenvolvimento de Santa Catarina”. Em nome da população, agradece aos médicos: “Que a história de luta e coragem da mais antiga entidade de representação estadual dos médicos possa chegar a todas as unidades de atendimento de Santa Catarina, para ajudar a fortalecer ainda mais a missão de salvar vidas”. Ao mesmo tempo, o dirigente aproveita a data para pedir ajuda à sociedade, mais uma vez, para que todos mantenham os cuidados necessários, evitando a transmissão do vírus. “Todos somos responsáveis; estamos juntos nessa grande batalha”.
Ao lado da História da Medicina
Um consultório médico. Este foi o local escolhido para a reunião de criação da mais antiga entidade estadual dos médicos de Santa Catarina. Foi em 28 de abril do ano de 1937, que um grupo de visionários deu o primeiro passo para a fundação da, hoje, ACM – Associação Catarinense de Medicina. Certamente, por mais otimistas e empreendedores que fossem os fundadores, jamais imaginaram que a semente recém- lançada cresceria tanto, mobilizaria tantos associados com o passar dos anos, obteria tamanhas vitórias e se transformaria na Casa do Médico Catarinense, na porta-voz da categoria em suas principais lutas e defensora da população na busca por uma assistência digna e de qualidade à saúde.
Inicialmente, o nome escolhido para a entidade foi Sociedade Catarinense de Medicina, passando a chamar-se oficialmente de ACM em 6 de junho do ano de 1951, conforme decisão de Assembleia Geral. A plenária foi presidida pelo médico Arthur Pereira e Oliveira, que assinou a declaração de utilidade pública da nova instituição, de acordo com a Lei Estadual n° 1551 e a Lei Municipal n° 862. Na mesma data, a entidade passou a fazer parte, de maneira solene, do quadro de filiadas estaduais da Associação Médica Brasileira – AMB.
Muita coisa mudou de lá para cá, mas permanece até os dias atuais a síntese da grande meta da entidade, registrada na ata da sua criação: “Ser uma sociedade médica que zele pelos interesses morais e materiais da classe médica, e um laço de união entre todos os colegas que mourejam na clínica dentro do Estado de Santa Catarina”