O marqueteiro João Santana está trabalhando para Ciro Gomes. Nos primeiros vídeos produzidos pelo publicitário, o internauta já pode perceber a mudança de estilo do presidenciável. Ali, se prepara o terreno para atacar o aumento do desemprego no governo Dilma. Dilma é PT, PT é Lula. João Santana, aliás, também já foi um dos cérebros do marketing petista.
Manoel Maneca Dias, o eterno líder do PDT em Santa Catarina, tocou o telefone para o blogueiro a propósito desta iniciativa nacional. O catarinense continua afinadíssimo com o presidente nacional do partido, Carlos Lupi. Maneca e Lupi são dois dos cardeais do PDT que estão apostando na candidatura de Ciro Gomes como alternativa à polarização entre Jair Bolsonaro e Lula da Silva. E que estão diretamente no circuito interagindo com o pré-candidato.
Nestas primeiras peças publicitárias da pré-candidatura de Ciro, ele já sinaliza como será a abordagem. Informativa sobre temas relevantes, sem baixarias (pelo menos é o que se espera) e sem poupar a “história” dos governos do PT.
Terceira via
Neste momento, os líderes pedetistas estão de olho na possibilidade de carrear o apoio do Centrão, o que só vai ocorrer se a candidatura de Ciro Gomes se tornar viável para chegar ao segundo turno, quando o jogo muda em relação à disputa inicial.
Salles, o imprudente
No agora mais rumoroso caso da citação ministerial em relação a dois parlamentares catarinenses que pediram em favor dos madeireiros de SC que atuam no Pará, uma coisa é clara: Ricardo Salles, o ministro do Meio Ambiente, foi no mínimo imprudente, ao citar o senador Jorginho Mello e a deputada Caroline De Toni.
Papel desempenhado
Os argumentos dos dois, aliás, são bastante plausíveis. Ao que tudo indica, Mello e De Toni apenas desempenharam o papel que lhes cabe: atender um pleito de segmentos da sociedade catarinense.
Autoridade
Agora, se a madeira é legal, como afirma Salles e os madeireiros, ou é ilegal, como declarou o delegado federal que foi afastado do caso, isso não é diretamente da alçada dos parlamentares. Cabe ao próprio Ministério do Meio Ambiente atestar a legalidade ou não da madeira.
Salles, o inábil
Com o caso neste impasse, ao relacionar os dois catarinenses e outros congressistas, Salles foi de uma inabilidade impressionante, pois acabou colocando Jorginho Mello e Caroline De Toni em suspeição sobre um assunto com o qual os dois não têm qualquer relação direta.
Corda bamba
Por essas e por outras que Salles torna a sua permanência insustentável frente à Pasta do Meio Ambiente. Na segunda-feira, o ministro deu a declaração durante uma entrevista ao jornalista Rodrigo Bocardi, na rádio CBN.
Protesto
A eleição de Omar Aziz (PSD-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede – AP) para presidente e vice-presidente da CPI da Covid-19, nesta terça-feira, foi marcada por uma grande manobra da oposição ao governo Bolsonaro para garantir a relatoria ao senador Renan Calheiros (MDB –AL).
“Um grande teatro, um deboche. O trabalho da Comissão já começou de forma equivocada. O palanque político infelizmente está armado, mas não vou admitir isso”, afirmou o senador de SC Jorginho Mello. “Eu quero me dedicar muito para perseguir o rastro do dinheiro. Eu quero saber onde foram gastos os recursos que o governo federal enviou aos estados e municípios,” assinalou o catarinense.