A definição e inclusão de obras de infraestrutura de interesse do oeste catarinense no Plano Nacional de Logística (PNL 2035) foi a pauta da reunião virtual, nesta semana, de dirigentes da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC) e da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC).
Participaram do encontro o vice-presidente regional do oeste Waldemar Antônio Schmitz e o executivo da Câmara de Transporte e Logística da FIESC Egidio Antônio Martorano, a deputada federal Caroline De Toni, o presidente da ACIC Nelson Eiji Akimoto, o vice-presidente Lenoir Broch, o diretor de relações governamentais Sérgio Migliorini entre outros diretores, o presidente do Centro Empresarial Cidnei Barozzi, o representante do Sebrae Ênio Parmeggiani, o presidente do Fórum de Competitividade e Desenvolvimento Regional Vincenzo Mastrogiacomo, além do diretor de desenvolvimento econômico e turismo da Prefeitura de Chapecó Nadir José Cervelin e representantes de parlamentares, entre outras lideranças.
O Plano Nacional de Logística (PNL 2035) prevê o desenvolvimento da infraestrutura de transportes de cargas e de pessoas no país até o ano de 2035. A iniciativa atende a Portaria Nº 123/2020, do Ministério da Infraestrutura, como um dos elementos do Planejamento Integrado de Transportes (PIT). O PNL está em fase de consulta pública até 30 de abril no link: https://www.gov.br/participamaisbrasil/plano-nacional-de-logistica-pnl-2035.
O PNL 2035 tem por objetivo indicar alternativas e soluções que propiciem a redução de custos, a melhora do nível de serviço para os usuários, a busca do equilíbrio da matriz de transportes, o aumento da eficiência dos modos utilizados para a movimentação das cargas e a diminuição da emissão de poluentes.
O vice-presidente regional da FIESC Waldemar Schmitz destacou que o plano é uma oportunidade de discutir políticas públicas para viabilizar e desenvolver todos os modos de transporte (ferroviário, rodoviário, hidroviário e aeroviário) no país, além de reduzir custos com frete.
Egidio Martorano historiou as gestões que a FIESC vem desenvolvendo junto ao Ministério da Infraestrutura para a inclusão de obras no planejamento estratégico do Governo Federal que integra todos os modais de transporte. “Estamos defendendo nossas reivindicações com dados técnicos, estudos e análises que fundamentam a necessidade desses investimentos,” expôs.
O presidente da ACIC Nelson Akimoto observou que “infraestrutura não é para dar lucro, é para desenvolver as regiões” e lembrou que o PNL prevê investimentos de R$ 480 bilhões até 2035, sendo R$ 136,6 bilhões destinados às rodovias, R$ 106,9 bilhões às ferrovias, R$ 21,7 bilhões aos portos (cabotagem) e R$ 16,7 bilhões aos aeroportos. A ACIC tem pressa em definir as obras prioritárias para o oeste para garantir que parte desses recursos seja destinada para a região.
Akimoto relacionou que, na avaliação da ACIC, as obras de infraestrutura estratégicas e essenciais para oeste são a duplicação da BR-282, a federalização da SC-283, a revitalização das BRs 153, 163 e 158, a construção da ponte sobre o Rio Uruguai na divisa Itapiranga (SC)-Barra do Guarita (RS), a implantação da Aduana de Paraíso (SC) na fronteira com Argentina juntamente com a construção de nova ponte sobre o Rio Peperi Guaçú.
Para a melhoria da infraestrutura ferroviária – na visão da ACIC – é imprescindível a implantação da Ferrovia Leste-Oeste (a chamada Ferrovia do Frango), do ramal da Ferrovia Norte-Sul (interligando Mato Grosso com Paraná e Santa Catarina) e da ferrovia/rodovia bi-oceânica (integrando Santa Catarina, Argentina e Chile). Outras prioridades são a construção de um gasoduto para trazer gás natural da Argentina ou Bolívia para as plataformas industriais da região e, ainda, a instalação de terminal de cargas alfandegado no Aeroporto Serafim Enoss Bertaso de Chapecó.
A deputada federal Caroline De Toni relatou as atividades parlamentares em defesa dos interesses catarinenses e irá articular uma visita do ministro da Infraestrutura Tarcisio Gomes de Freitas ao oeste catarinense para conhecer in loco as necessidades infraestruturais da região.