Proponente e relator da CPI do Respiradores, que serviu de base para o julgamento do impeachment do governador de Santa Catarina Carlos Moises (PSL) , o deputado Ivan Naatz , líder da bancada do PL na Assembléia Legislativa, apesar de considerar que qualquer resultado seria normal e aceitável dentro do processo democrático e de direito, assinalou que , “historicamente, foi o dia em que o interesse político venceu a decisão da justiça”.
Via redes sociais, o parlamentar se referiu ao fato de que o relatório da CPI dos Respiradores teve papel fundamental no processo e as conclusões foram as mesmas do voto de todos os desembargadores: “Ou seja, de que, o governador Carlos Moisés teve culpa , responsabilidade e omissão na compra dos 200 respiradores pagos antecipadamente ao preço de R$ 33 milhões adiantados. “
Ivan Naatz acredita que Carlos Moisés continuará tendo problemas de governabilidade. Na sua visão, apesar de tecnicamente concluído, o processo e as cobranças populares continuarão em torno do governador , sobre os demais responsáveis e a devolução dos recursos. “A história vai separar o herói do bandido , mais cedo ou mais tarde”, afirmou o deputado, acrescentando ainda que o tema continuará também torno da análise sobre o arquivamento ou não do inquérito que investiga a responsabilidade civil do governador por parte do Conselho Superior do Ministério Público de Santa Catarina e as repercussões da CPI do Covid-19 do Senado, em Brasília, que, segundo ele, deverá convocar Moisés a dar explicações sobre a aquisição dos respiradores em Santa Catarina.
“A sociedade catarinense continuará apreensiva e vigilante neste sentido e eu continuarei na Alesc, de olhos e ouvidos bem abertos, defendendo o interesse coletivo dos catarinenses . Até aqui cumpri com a missão parlamentar de investigar e fiscalizar o poder executivo. Fiz o que podia fazer e bem feito”, concluiu.