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Polarização na pesquisa Paraná

O blogueiro segue avaliando que Lula da Silva não será candidato a presidente da República em 2022, em que pesem os dados de pesquisas nacionais. Aos 77 anos, duvido que terá coragem de correr o País, enfrentando ambiente adverso no asfalto. Outro componente que tradicionalmente decide eleições, a economia, também pode decidir se ele disputará ou não. O empresário Abílio Diniz já declarou, por exemplo, que o segmento não vai decolar, vai explodir, referindo-se às projeções que indicam um novo “milagre econômico” brasileiro. Tudo isso pode acabar desestimulando o petista-mor.
Naturalmente que ele segue com o nome na praça, até como forma de animar os seguidores da seita, mas pode, ao fim e ao cabo, estar reunindo capital político para o lançamento de um novo poste nas próximas eleições. A conferir.
Mas voltemos às pesquisas. A mais recente, e confiável, é a do Instituto Paraná. Foram 2040 eleitores ouvidos. A enquete foi estratificada segundo sexo, faixa etária, grau de escolaridade, nível econômico e posição geográfica. O trabalho de levantamento dos dados foi feito com abordagem pessoal em domicílios, com eleitores de 16 anos ou mais, em 26 Estados e Distrito Federal e em 156 municípios brasileiros durante os dias 11 a 15 de junho de 2021, sendo auditadas simultaneamente à sua realização, no mínimo, 20% das entrevistas.

Jair e Luiz Inácio
O quadro é de polarização absoluta entre Jair Bolsonaro e Lula da Silva. Tanto na preferência do eleitorado e também nos altíssimos  índices de rejeição.
A indicação de voto aponta empates técnicos em vários cenários, com a dupla oscilando entre 36% e 32% das intenções. Já a rejeição é emblemática. Bate na casa dos 50% para Bolsonaro e Lula da Silva.

Outsider e falastrão
O apresentador José Luiz Datena aparece como alternativa. Chega aos dois dígitos,  mas é um outsider, assim como ocorreu com o engomadinho Luciano Huck. Os números de Datena revelam o conhecimento que o brasileiro tem sobre sua figura, não necessariamente indicam intenção de votos. É outro que provavelmente nem será candidato. Mesmo assim, tem mais do que o dobro de João Doria, o governador falastrão da “vacina.”

Tucano desasado
Doria, aliás, deve disputar a reeleição e pode sofrer um revés histórico, considerando-se que Geraldo Alckmin tem tudo para concorrer novamente ao governo paulista. Cenário que dificulturia, inclusive, a presença de João Doria no segundo turno do pleito no mais importante estado da federação.

Esquerda
Ciro Gomes também aparece com dois dígitos, mas sua candidatura serviria muito mais para tirar votos do PT do que para viabilizar o passaporte para os segundo turno.
Trocando em miúdos: Se o pleito fosse hoje, o brasileiro teria que escolher entre Bolsonaro e Lula da Silva/PT.

Palanques
A disputa nacional tende a ter outra característica peculiar em 2022. Os palanques estaduais terão relevância menor devido ao nível de conhecimento dos dois principais candidatos. Será uma eleição nacionalizada. Na outra ponta, registre-se, os dois nomes nacionais também não terão a capacidade de transferir votos automaticamente aos estados, assim como ocorreu em 2018 (onda Bolsonaro) e também em 2002 (onda Lula).

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