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Em SC, Bolsonaro declara guerra à CPI, ao STF e chama Lula de “vagabundo”

Jair Bolsonaro ficou pouco mais de um dia em Santa Catarina entre a sexta-feira e o sábado. Permaneceu na região Oeste, a maior parte do tempo em Chapecó.
O ponto alto da visita, como já era esperado, não foram anúncios para atender pleitos de Santa Catarina.
O máximo foi o envio do ministro Tarcísio de Freitas como uma espécie de batedor para um sobrevoo ao Contorno Viário da Grande Florianópolis um dia antes. O titular da Infraestrutura ratificou a previsão de entrega da obra para dezembro de 2024. E só. O presidente segue devendo para Santa Catarina.
Mas não deixou barato para seus inimigos em Brasília. Depois do pênalti cobrado na Arena Condá, Jair Bolsonaro esteve com empresários na Aurora Alimentos e deu umas estocadas.
A metralhadora giratória, contudo, foi acionada depois da motociata que percorreu o trecho entre Chapecó e Xanxerê e reuniu grande público. O presidente segue com respaldo popular por onde passa.
Nesse ambiente, o discurso foi sintomático. O chefe da nação qualificou os sete integrantes oposicionistas da CPI da Pandemia, ou do circo, como “picaretas”, com destaque para os três patetas Renan Canalheiros, Randolfe Rodrigues e Omar Aziz.
Sobrou, ainda, para o STF. A corte foi duramente atacada por se aliar aos picaretas da CPI, inviabilizando a presença de governadores na CPI. O único foco, e Bolsonaro tem toda a razão, é desestabilizar o governo. A esquerda e seus aliados não tem a menor preocupação real em colaborar e conseguir mais vacinas, por exemplo. Eles querem derrubar o presidente porque até hoje não aceitam a derrota de 2018. E estão com sede, literalmente, do poder e suas intermináveis benesses, mantidas às custas do suor de empresários e trabalhadores.
O presidente da República foi muito claro: só deixa a presidência se essa for a vontade de Deus. Ou seja, para ele não existe essa possibilidade de impeachment, de ser apeado do poder no tapetão. Escancarou que as Forças Armadas estão com ele. As federais. Ele tenta, também, trazer para o seu guarda-chuva as Polícias Militares estaduais.
Por fim, Bolsonaro classificou Lula da Silva de “vagabundo”, presidiário que voltou a ter condições de disputar as eleições graças ao golpe processual do ex-advogado militante do PT, hoje travestido de ministro do STF, Edson Fachin. O mérito das condenações do ex-mito não foi avaliado e muito menos, anulado.
Trocando em miúdos. Em Santa Catarina, o presidente sinalizou claramente que podemos sim partir para encaminhamentos extremos, inclusive de ruptura, caso a esquerda e seus aliados, como alguns meios de comunicação que viram as arcas da viúva se fecharem para os bilhões que recebiam, continuem esticando a corda, com factoides calculados e contínuos nas mais variadas frentes.
O presidente também declarou que vai para a eleição e que o ex-presidiário só volta ao comando se não houver o voto impresso auditável, ou seja, se o pleito for fraudado.
Isso que não há escândalos de corrupção no governo e que a economia deve crescer cerca de 6% este ano, em plena pandemia. A turma do quanto pior, melhor, está de parabéns.

foto>Tarla Wolski, Futura Press, divulgação

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