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Conselho Estratégico da Fiesc debate infraestrutura e manifesta preocupação com suprimento de energia

Lideranças empresariais de diversas regiões alertam para o risco de perda de novos investimentos e evasão de empresas por conta do suprimento de energia e da falta de investimentos na infraestrutura de transportes. Os assuntos foram debatidos em reunião do Conselho Estratégico da Indústria, da Federação das Indústrias (FIESC), nesta segunda-feira, dia 28. “Com a falta de energia, o estado corre o risco de migração de empresas para outras regiões.

Quer dizer, podemos perder investimentos. Isso é um prejuízo para a economia catarinense”, disse Aguiar. Ele lembrou do evento climático recente que deixou Caçador por 96 horas sem energia elétrica. “Não havia um plano B. Da mesma forma, em diversas regiões, há cortes de energia que têm prejudicado a indústria local. Temos trabalhado com a Celesc no sentido de resolver essa questão”, explicou.
Outro assunto abordado na reunião foram as deficiências na infraestrutura. “Nossa infraestrutura continua muito ruim e tira a competitividade da indústria e da economia catarinense. Infelizmente esse ano, dos R$ 271 milhões que estavam previstos no orçamento do governo federal para a área, tivemos um corte de 50%. Então vamos receber apenas R$ 136 milhões. Isso contempla muito pouco da grande demanda que temos no estado”, ressaltou.
No encontro, Aguiar observou que a economia catarinense vem se destacando no cenário nacional, com a menor taxa de desemprego (6,2%), a maior intenção de investir (71,9 pontos), o crescimento da atividade econômica está em 7,7%, mas precisa urgentemente vencer os desafios para seguir crescendo. “Se depender do empresário catarinense, a economia será bastante sadia”, afirmou.

O presidente da FIESC também destacou a importância da reforma da previdência, que está para ser enviada esta semana pelo governo à Assembleia Legislativa (Alesc). Atualmente, o governo catarinense gasta mensalmente R$ 400 milhões para cobrir o rombo da previdência estadual. “São R$ 4,8 bilhões por ano que deixam de ser investidos em áreas como saúde, segurança e infraestrutura, por exemplo. É uma questão de responsabilidade nossa apoiar e defender a reforma. O desequilíbrio na previdência afeta o equilíbrio fiscal e as contas públicas”, disse.

Ainda durante a reunião, o diretor de inovação e competitividade da FIESC, José Eduardo Fiates, apresentou as principais ações que estão sendo desenvolvidas no âmbito do Programa Travessia (clique aqui e saiba mais). E o diretor regional do SENAI-SC, Fabrizio Machado Pereira, apresentou os pilares da agenda de educação 20/30 e o programa de investimentos da FIESC até 2025

Também foram abordados outros assuntos, como as dificuldades de alguns segmentos para obter a emissão de licenças ambientais, medida que está atrasando a execução de novos investimentos, a preocupação com decisão da justiça que prevê a aplicação do Código Florestal em áreas urbanas consolidadas, e a falta de profissionais qualificados, especialmente em áreas ligadas à tecnologia da informação e comunicação.

Participaram da reunião os conselheiros: Alencar Guilherme Lehmkuhl, Lino Rohden, Osvaldo Moreira Douat, Glauco José Côrte, Gilberto Heinzelmann, João Karsten Neto, Cide Damiani, Amélia Malheiros, Bruno Salmeron,  Rui Altenburg, Vilson Hermes, Rolf Buddemeyer, Cláudio Grando, José Fernando Xavier Faraco, Daniel Leipnitz, Monika Conrads, Neivor Canton, Irani Pamplona, Vicente Donini, Adolfo Fey, Gilberto Seleme, Carlos Rodolfo Schneider e Fernando Rizzo.
foto>Filipe Scotti, Fiesc,divulgação

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