Experiente e astuto, o senador Jorginho Mello parece estar apostando, entre outras coisas, na tática consagrada de dividir o inimigo para vencê-lo.
O líder do PL em Santa Catarina, pré-candidato ao governo, sabe que não terá apoio formal do MDB nas eleições de 2022.
O maior partido do estado espera receber Moisés da Silva para o projeto de reeleição. Se isso não acontecer, há três nomes disputando a indicação emedebista.
Importante contextualizar que em 2018, Jorginho acertou com Mauro Mariani, então presidente do MDB, que a coligação poderia ter dois candidatos ao Senado. Desde que o outro não fosse do MDB.
Diferencial na eleição
Ele, filiado ao PL, elegeu-se com o apoio dos emedebistas. Sua primeira suplente foi a viúva de Luiz Henrique da Silveira, Ivete Appel da Silveira.
Agilidade
O senador agora fez dois movimentos rápidos. Sentou-se com Antídio Lunelli, o prefeito de Jaraguá que é nome forte dentro do MDB, e, logo na sequência, foi à casa de Dona Ivete.
Arrancou elogios dela e a declaração de que se Jorginho Mello for eleito governador, Joinville ganhará uma senadora.
Antídoto
Antídio já fez a tréplica. Também de forma célere, foi ao MDB de Joinville na segunda-feira e confirmou que o partido está com ele.
Ou seja, a posição de Ivete da Silveira é pessoal, não representa o sentimento partidário.
Puxador de votos
Agora, novamente, além de se valer da imagem de proximidade com o presidente da República, Jair Bolsonaro, tem grande chance de ter Luciano Hang como candidato ao Senado. O empresário tem tudo para ser um grande puxador de votos.
Plenário
A reunião da Comissão de Defesa dos Direitos do Idoso da Assembleia Legislativa teve como destaque a admissão de dois projetos de leis (PLs), aprovados por unanimidade, que irão a plenário. Os membros do colegiado também aprovaram requerimento de autoria do deputado Sérgio Motta (Republicanos) que prevê a realização de um ciclo de três seminários, mesa-redonda e exposição fotográfica, virtuais e presenciais, em outubro, relativo ao mês do idoso.
Proteção ao idoso
O projeto 94/2019, apresentado pelo deputado licenciado Luiz Fernando Vampiro (MDB), recebeu parecer favorável do relator Jair Miotto (PSC). A proposição veda a oferta e contratação de empréstimo ou financiamento de qualquer natureza por meio de ligação telefônica para aposentados e pensionistas. A matéria segue para apreciação em plenário.
Fraude eleitoral
Levantamento realizado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio do seu Centro de Apoio da Moralidade Administrativa (CMA), identificou uma série de casos suspeitos de servidores públicos que poderiam ter se candidatado a vereador apenas para usufruir de licença remunerada. A partir deste levantamento será possível verificar a ocorrência de possíveis candidaturas fictícias.
Férias fora de época
A licença remunerada de três a seis meses para disputa de mandato eletivo é prevista na legislação, não como um privilégio do servidor público, mas sim para evitar que, no pleno exercício da função pública, ele tenha vantagem política na eleição sobre os demais candidatos devido à exposição natural do cargo desempenhado, evitando o abuso do poder político e econômico. Assim, o servidor deve afastar-se do cargo público desde o registro oficial de sua candidatura até o dia seguinte ao pleito eleitoral. O não afastamento, inclusive, é causa de inelegibilidade do candidato.