A deputada Paulinha reagiu imediatamente aos ataques machistas a deputada federal Tabata Amaral. Em suas redes sociais se solidarizou com o momento vivido pela mais jovem parlamentar do país. “ Está mais do que na hora de revermos os círculos de intolerância que se espalham pelas redes sociais. Nosso país é muito melhor que isso”, avaliou a parlamentar, que também já foi vítima do machismo estrutural velado que impera na sociedade contemporânea. Para Paulinha, ameaça de agressão a uma mulher é inconcebível. “ Não podemos mais admitir e tolerar”, reagiu.
No último final de semana, o machismo contra Tabata Amaral foi mais longe. “Se eu encontrasse a Tabata Amaral na rua, eu dava socos”, disse um desconhecido no Twitter. A ameaça foi retuitada pelo ator Zé de Abreu, que tem mais de 500 mil seguidores. ]
A colunista Nina Machado, do portal UOL, declarou hoje que a vítima do machismo estrutural do momento é justamente Tabata Amaral, comumente tratada como uma “menina boba”, uma tolinha, uma frágil. “ Falar em “socar” uma mulher é seríssimo porque mulheres são vítimas de violência física em proporções inaceitáveis”, disse a colunista.
Segundo pesquisa do Datafolha, cerca de 17 milhões de mulheres sofreram violência física, psicológica ou sexual no Brasil em 2020.
Para Paulinha, a existência do preconceito e do machismo no Legislativo é um processo histórico, endêmico e social. “ Basta ver que até o momento nenhuma mulher eleita na Casa foi sequer cotada para assumir a presidência do Legislativo catarinense”, avalia. Para Paulinha, “ a violência que ainda segue agredindo e matando nossas mães, nossas irmãs, nossas filhas”.
Para lembrar:
Assim que tomou posse na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, a deputada Paulinha (PDT), se viu alvo de uma sucessão de hostilidades e blasfêmias nas redes sociais. O seu primeiro desafio foi enfrentar a ira de internautas com a roupa escolhida para a solenidade, um macacão vermelho decotado.