Num país onde várias instituições e segmentos públicos e privados fazem de tudo, o possível e o impensável, para criminalizar investigadores e canonizar corruptos e bandidos da pior espécie, a Operação Hemorragia (um desdobramento da Alcatraz), no âmbito da Justiça Federal catarinense, vai se transformando num oásis.
Pelas mãos firmes das equipes da PF, MPF e da juíza Janaína Cassol Machado, possíveis malfeitos com dinheiro do contribuinte não devem ficar por isso mesmo, como já virou costume “neste país”, onde se rouba e se faz o diabo em nome da tal democracia. Bordão surrado que tem servido para os mais variados ataques à viúva (cofres públicos).
Esta semana, a magistrada aceitou denúncia do MPF contra 15 acusados. Que agora passam à condição de réus.
Tabelinha
Há dois ex-secretários de Estado enquadrados. Milton Martini, ex-titular da Administração e muito ligado ao ex-governador Eduardo Pinho Moreira (MDB); Dalmo Claro de Oliveira, que respondeu pela pasta da Saúde na gestão Raimundo Colombo, quando ainda estava filiado ao MDB. Depois, Dalmo chegou a se alistar no PSD e atualmente aparece como integrante das fileiras do PSL.
Crimes
Segundo a nota da Justiça Federal, os 15 réus “responderão, conforme o caso, por peculato, lavagem de dinheiro e fraudes em licitação, entre outros delitos.
Os três processos tratam de contrato da Secretaria de Estado da Saúde e se referem especificamente a três subnúcleos de investigação: dois privados – empresas Alfa e Micromed – e um relacionado a agentes públicos.”
