“Em momentos de crise, os ricos lutam para manter seus privilégios e os trabalhadores devem lutar para manter e ampliar seus direitos”, afirmou o deputado estadual Dirceu Dresch (PT) na abertura do 12º Congresso Estadual da CUT Santa Catarina (CECUT), nesta quarta-feira, 19, em Florianópolis. O evento segue até o dia 21.
Para Dresch, o movimento sindical deve ir à rua no dia 20 (amanhã, quinta-feira) defender a democracia e o resultado das urnas e defender mudança no modelo tributário brasileiro que privilegia as grandes fortunas. Ele citou a lei sancionada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1995, que isentou o lucro de grandes empresário. Isso resultou em mais de R$ 200 bilhões por ano que não são taxados.”Temos de avançar em mecanismo de combate à corrupção e a sonegação.
Enquanto o trabalhador paga mais de 50% de impostos, milionários brasileiros que estão no andar de cima da pirâmide social têm suas fortunas protegidas de impostos, pois são beneficiados por leis tributárias que o Congresso Nacional não quer mudar. Amanhã os setores que defendem a democracia vão para a rua protestar contra o movimento golpista que não respeita as urnas e vão para a rua defender a taxação das grandes fortunas. Os trabalhadores devem ir para a rua de forma propositiva, mas também ofensiva na defesa da distribuição da riqueza, do trabalho e dos direitos conquistados da classe trabalhadora”, afirmou Dresch.
Em sua fala, Dresch também alertou para a disputa de classe que se acirra na atual conjuntura política e econômica do Brasil. “É preciso que as categorias de trabalhadores olhem para o conjunto da sociedade e se unam na defesa das conquistas sociais e da democracia. Na história do nosso país, a redução de direitos e o arrocho salarial sempre foram artifícios usados para combater a crise em benefício do capital. Invertemos isso ao valorizar o trabalho, com a política de recuperação do valor do salário mínimo como ferramenta para diminuir os efeitos da crise mundial.”
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