Segundo secretário da Fazenda de SP o segredo é fazer o “dever de casa” bem feito _
O ex-ministro da Fazenda e atual secretário da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, Henrique Meirelles, esteve na Reunião de Diretoria da Facisc, nesta quinta-feira, 21/10. Participando do evento de forma on line direto de São Paulo, Meirelles deu um panorama sobre o atual cenário econômico do Brasil e perspectivas para o futuro. Segundo ele, o crescimento de São Paulo se deve ao estado estar fazendo bem a “dever de casa”.
“Facilitar a vida das empresas, reduzir gastos, avanço de produtividade, simplificação tributária. Segundo ele o nível do secretariado de São Paulo é ministerial e isso dá resultados muito evidentes. São Paulo cresceu acima da média mundial. A mensagem que vai além dos números é que o estado decidiu proteger vidas, porque proteger a vida é a maneira de estimular a economia”, pontuou Meirelles. “Como pilar da retomada, temos os investimentos públicos além dos privados: são R$ 47,5 bilhões feitos pelo Governo de São Paulo. Vocês vão sentir isso, um ritmo intenso de obras, um marco na administração pública”, completou. “O caminho está claro: competência, clareza, foco no resultado, na geração de emprego e renda, produzir mais e melhor, facilidade de produção”, destacou.
As novas medidas de incentivo econômico foram possíveis graças à recuperação da capacidade de investimento do Estado de SP, proporcionada pelo ajuste fiscal de 2020 e pelo crescimento da economia acima da média nacional. Os números de São Paulo se destacam inclusive em relação à economia global, sendo que o PIB de 2021 (projetado em 7,5%) crescerá acima da média mundial (6%). Em relação aos níveis pré-pandemia, a economia paulista já está 7% acima. “Para este ano a previsão de crescimento de São Paulo é maior que o crescimento dos EUA. Apenas China e Índia crescerão mais que São Paulo este ano”.
Previsões para 2022
Para Meirelles, muitos dos problemas que resultaram na crise econômica nasceram com cultura de que para o Brasil crescer precisava ter mais gasto público. O governo está enfrentando o mesmo tipo de questão de 2014. Temos uma eleição pela frente e o Brasil enfrenta o mesmo problema de 2014. “As consequências são que começamos a romper com os limites de confiança na economia e das perspectivas de crescimento. Podemos entrar em uma recessão devido a este descontrole”. Este é o quadro analisado pelo ex-ministro. A previsão do teto de gastos é fundamental.
Temos uma série de possibilidades para o Brasil crescer com mais solidez e consistência. Como por exemplo o projeto de Reforma Tributária. “É essencial acabar com estes empecilhos tributários. As empresas têm que ter mais tempo para produzir e não gastar tanto com burocracia”.
