A importância do PSD nas eleições deste ano é uma perspectiva real no plano nacional. Não deixa de ser a entrada em cena de um novo ator partidário.
Desde 1994 até 2014, os papeis principais sempre foram de PSDB e de PT. Juntos, elegeram seis vezes o presidente, disputando os segundos turnos dos pleitos entre eles.
Em 2018, o anti-lulismo entrou com tudo em campo e elegeu Jair Bolsonaro, quebrando a polarização lulo-tucana.
Além destes dois, sempre tivemos o MDB correndo por fora, como coadjuvante, mas com estrutura partidária invejável e desejada em todas as eleições.
A fusão do DEM com o PSL fez surgir o União Brasil. Esta nova legenda e o PSD são os partidos emergentes. Chegam com muita força com vistas às disputas de 2022. Destaque, contudo, para os pessedistas.
Articulador de proa
Gilberto Kassab é o dirigente nacional do PSD. Articula e constrói a sigla com maestria e precisão. Arregimentou candidatos a governador em 10 dos 27 estados, número que ele pretende elevar a 17 postulantes aos governos estaduais.
Temos candidato
Acima disso, Kassab atua firmemente para lançar o nome do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, à sucessão de Jair Bolsonaro. Pacheco saiu do DEM e já assinou no PSD.
Um a menos
A disputa presidencial, aliás, já tem um nome a menos na praça. O comunicador José Luiz Datena, que havia assinado recentemente no PSL, também se alistou ao PSD. É candidato ao Senado por São Paulo.
Baixa no ninho
A composição é robusta. O nome ao governo é o de Geraldo Alckmin. O histórico tucano deixa o ninho. É mais um reflexo do neo tucanato e suas práticas nada republicanas representado por João Doria Junior.
PSB de vice
Márcio França, do PSB, será novamente candidato a vice. Já foi eleito junto com o próprio Alckmin, que renunciou para disputar a presidência, guindando França a um mandato-tampão de governador de São Paulo.
Tripé
A chapa ficaria assim: Alckmin na cabeça, França de vice e Datena o Senado. Trio fortíssimo e com chances reais de vencer o pleito.
Colombo no páreo
Aqui em Santa Catarina, o PSD tem o ex-governador Raimundo Colombo. É o nome mapeado por Kassab para tentar um inédito terceiro mandato. No partido, se fala em outros dois nomes. O do ex-prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, e o do prefeito de Chapecó, João Rodrigues.
Alternativa
Recentemente, o prefeito de Rio do Sul, José Thomé, lançou o nome do deputado estadual Milton Hóbus. Seria para compor de vice de Moisés da Silva. Projeção que fica prejudicada considerando-se o projeto nacional do PSD. Tendo candidato a presidente, o partido terá que ter palanque nos estados para Rodrigo Pacheco. E o nome preferencial de Gilberto Kassab em Santa Catarina atende por Raimundo Colombo.
foto>Júlio Cavalheiro, arquivo, ND, divulgação