A Federação dos Hospitais de SC (FEHOESC), representada pelo diretor executivo da entidade, Braz Vieira, e pelo diretor vice-presidente, Sílvio Mocelin, cumpriram agenda nesta quarta-feira, 08 de dezembro, em Brasília para demonstrar aos parlamentares o impacto negativo junto aos hospitais, caso o piso salarial da enfermagem seja aprovado.
O tema está sendo debatido agora pela manhã, durante evento promovido pela CNSaúde, AHAPH, FBC e CMB, juntamente com parlamentares que atuam na defesa das causas da Saúde no Congresso Nacional. A FEHOESC acaba de realizar um levantamento junto aos hospitais associados da entidade, que revelou um dado assustador: Caso o projeto de lei que estabelece o novo piso para a enfermagem seja aprovado, o impacto financeiro chegará próximo dos 500 milhões de reais a mais por ano nas folhas de pagamento das instituições privadas e filantrópicas em Santa Catarina. Esta realidade provocará, segundo a FEHOESC, o fechamento principalmente dos hospitais de pequeno e médio porte, pois comprometerá as finanças das instituições.
Segundo o diretor executivo da FEHOESC, Braz Vieira, a entidade não é contra o reajuste, mas é preciso encontrar uma fonte de receita através do SUS, para garantir a sustentabilidade das instituições. “Precisamos discutir amplamente o assunto antes de ser levado ao plenário para votação, hoje estão em tramitação 233 projetos sobre piso salarial na Câmara, se forem aprovados sem ampla discussão, trarão grande dificuldade à economia brasileira”, destaca Braz Vieira. Segundo o diretor executivo há temas mais urgentes a serem tratados no momento, como os reflexos provocados pela pandemia do coronavírus.
Em função desta realidade, os representantes da FEHOESC, estarão percorrendo os gabinetes dos parlamentares em Brasília para tratar sobre o tema durante todo o dia de hoje. O projeto de lei em discussão na Câmara, já aprovado pelo senado, estabelece piso salarial mensal de R$ 4.750,00 para enfermeiros, R$ 3.325,00 para técnicos de enfermagem e R$ 2.375,00 para auxiliares de enfermagem. Em função deste quadro, a FEHOESC está sensibilizando os parlamentares para a não aprovação do PL. À tarde representantes da FEHOESC, também participarão de uma audiência pública no Congresso Nacional sobre o piso da enfermagem.