Joares Ponticelli entendeu perfeitamente o momento político, tanto no seu contexto externo quanto o das fileiras do PP. E praticou o gesto, abrindo mão de buscar a reeleição em favor da unificação da legenda, preservando, assim, a única possibilidade real dos progressistas terem um nome realmente forte para cabeça de chapa ou para uma composição majoritária favorável ao PP em 2018. Ainda que não represente a renovação. O clã Amin apresenta-se como alternativa do partido (não importando o nome da legenda) desde o começo dos anos 1980, há quase quatro décadas, portanto.
O detalhe é que a próxima eleição estadual passa, necessariamente, pelo desempenho das siglas no pleito municipal do ano que vem. E urge aos progressistas pensarem em novas alternativas para além de 2018, quando Amin terá 71 anos. Nestas duas pontas, o partido vai ter que trabalhar duro para manter as prefeituras de Criciúma e Jaraguá do Sul, além de avançar nos pequenos e médios municípios, sob pena de entrar em processo de desidratação aguda.
Em Itajaí, o PP já sabe que estará abrindo caminho para o PSB de Paulo Bornhausen.
Florianópolis
Na Capital, outro dilema para o PP: o único nome com condições de disputar na cabeça de chapa é o de Ângela Amin, que já foi duas vezes prefeita de Florianópolis. Resta saber se sua candidatura é viável, até porque a unidade do PP agora vai se consolidar em cima do projeto majoritário estadual do marido dela. Lembrando que o filho do casal, João Amin, é deputado estadual e já foi vice-prefeito da Capital.
Na foto interna, da E para a D: Silvio Dreveck, Esperidião Amin, Jorge Boeira, Ildo Rosa, Joares Ponticelli e João Amin. Na foto de capa, os presentes assistem à mensagem “simpática” de Aécio Neves, presidenciável que Amin apoiou em 2014.
Foto: facebook, divulgação