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Fiesc avalia cortes do orçamento para rodovias federais

Mesmo com o corte de R$ 42,3 milhões no orçamento federal para obras em rodovias de Santa Catarina, os R$ 267,8 milhões mantidos ainda representam o quarto maior valor programado para infraestrutura em 2022 dentre os estados brasileiros, mostra levantamento da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) – veja o ranking no documento.

“O valor previsto no orçamento está muito abaixo da demanda do estado e o ideal seria não ter cortes. Mas é preciso considerar as restrições fiscais do governo. Apesar da redução, o valor total para o estado é o quarto maior do país, graças ao trabalho dos parlamentares catarinenses, que conseguiram incluir emendas para a área de infraestrutura no orçamento”, avalia o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar. “Agora precisamos acompanhar a efetiva aplicação dos valores previstos”, acrescenta.

As emendas parlamentares incluídas representam R$ 110 milhões dos R$ 267,8 milhões programados, o que representa um incremento de 69% na comparação com os recursos orçados no ano passado para o estado (R$ 158,2 milhões).

Na avaliação da FIESC, os valores vetados não chegam a comprometer os investimentos a ponto de paralisar demandas consideradas estratégicas pela indústria: as obras de duplicação das BRs 280 e 470 e de ampliação e melhorias da BR-163, no trecho São Miguel do Oeste – Dionísio Cerqueira. As obras de melhoria na BR-282 e de conclusão de contenção e pavimentação da BR-285 não tiveram redução do valor previsto.

Conforme informações obtidas pela FIESC junto ao DNIT, neste ano, mesmo considerando os cortes do orçamento, o saldo para as obras de duplicação da BR 470 é de R$ 81 milhões, o que permitirá abrir frentes de trabalho com as desapropriações, sem impacto negativo no andamento da obra.

Em função das restrições fiscais, a FIESC reitera a necessidade de haver um planejamento sistêmico e integrado da logística para Santa Catarina, incorporando conceitos de intermodalidade e identificando oportunidades para a participação privada nos investimentos. Para isso, é necessário conceber um banco de projetos criterioso e que represente o arranjo produtivo, a formação econômica, a infraestrutura portuária e as demandas de todos os setores.

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