Blog do Prisco
Coluna do dia

Infraestrutura de marcha à ré

A Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado de Santa Catarina (Fetrancesc) está divulgando os dados de uma pesquisa detalhada sobre as condições e os impactos do tráfego pela BR-470, a segunda mais importante de Santa Catarina por ser, também, a artéria que liga o Litoral ao Oeste.
Chamada de estudo de impacto logístico e financeiro (identificação de indicadores de custo) do fluxo de veículos na BR-470/SC, trecho entre Navegantes e Campos Novos, a pesquisa foi realizada pela Fundação de Apoio à Educação, Pesquisa e Extensão da Unisul (Faepesul) e contratado pela Fetrancesc.
Para se ter uma ideia do ponto absurdo, acintoso, a que chegamos, constatou-se que a velocidade média de um veículo do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC) pela BR-470, entre Navegantes e Campos Novos/SC, o equivalente a 320 quilômetros, é de 29,09 km/hora.

 

Problema histórico

Neste passo de cágado imposto aos transportadores pela inércia, incompetência e corrupção sistemática dos diversos governos, a viagem chega a levar 12 horas para percorrer o trecho estudado, quase três vezes a mais do que se trafegasse na velocidade média ideal de 80 a 88 km/h (total de 4h49min).

 

Todos pagam

O presidente da Fetrancesc, empresário do ramo, Ari Rabaiolli, resume as consequências desse deboche com os catarinenses.
“Os reflexos deste tempo a mais na rodovia são sentidos nas pontas dos processos logísticos. O efeito cascata é inevitável e pesa no bolso do consumidor”, assinala ele.

 

Prejuízos, prejuízos

A pesquisa é muito bem detalhada, seria impossível trazer todos os aspectos aqui neste espaço, mas outro ponto fundamental são os prejuízos que as precárias condições geram aos veículos pesados, afetando a eficiência das máquinas. Isso gera impactos diretos na relação tempo/consumo e, por consequência, nos custos de logística e transporte das mercadorias que passam pela região. Até quando?

 

Tecnologia na indústria

A indústria catarinense encerrou 2021 com crescimento na produção e na participação de setores com alta tecnologia na comparação com o ano anterior. O desempenho levou Santa Catarina a registrar a maior expansão do Brasil na Indústria Geral, com variação de 10,3% no período. O resultado é mais do que o dobro da média nacional (3,9%), conforme análise do Observatório FIESC.

 

Dinamismo

“Durante 2021, confirmamos a trajetória de recuperação da nossa atividade industrial. A qualidade dos nossos produtos, a competitividade das nossas empresas e a dinâmica do mercado internacional explicam esse nosso bom resultado”, afirma o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.

 

Com Aras

O deputado Sargento Lima (PL) tinha reunião agendada ontem, em Brasília, com o procurador-geral da República, Augusto Aras. Na pauta, o chamado perigo de dano ao erário decorrente das leis complementares 781 e 783, sancionadas pelo governador Moisés da Silva em dezembro do ano passado.

 

A transposição de Moisés

Essas leis preveem a transposição das funções de contador e de analista para auditor fiscal da Secretaria da Fazenda (sem concurso público), e da incorporação de um auxílio-combustível ao salário dos defensores públicos.