A semana promete. Vamos ter praticamente mais treze dias, contados de hoje até o prazo fatal de desincompatibilização de agentes públicos que pretendem disputar as eleições. Na mesma data estará encerrada a famosa janela partidária para o troca-troca partidário para que detentores de mandatos proporcionais não corram o risco de perderem os cargos.
Estes dois pontos serão determinantes para o desenho que encerrará este período pré-pré-eleitoral.
De 3 de abril a 5 de agosto, um período de quatro meses que teremos a pré-campanha de fato. Prazo para as siglas realizarem as convenções homologatórias começa 20 de julho e estende até dia 5 de agosto.
Em compensação a campanha eleitoral terá menos de dois meses. De 6 de agosto a primeiro de outubro. É pouco tempo. Além de definições, poderemos esperar fortes emoções na fase que antecederá a campanha eleitoral propriamente dita.
Acomodações
No fim de semana que passou, foi grande a movimentação político-eleitoral. Em São José, Moisés da Silva recebeu prefeitos de todo o Estado para filiações no Republicanos.
Os três mais conhecidos são Samir Ahmad, de Laguna, Dr. Caio, de Rio Negrinho, e Paulinho Dalago, de Bombinhas.
Três dezenas
A assessoria do governador afirmou que 30 alcaides se bandearam para o partido do governador. Não divulgaram os nomes porque os prefeitos ainda precisam conversar com suas bases. Acompanhemos.
Tripé federal
Enquanto o governador vai fazendo seus movimentos, o PL do senador Jorginho Mello ganhou reforços de peso. Três deputados federais de Santa Catarina passam a reforçar a sigla (Coronel Armando, Daniel Freitas e Caroline De Toni). O ato ocorreu em Brasília com a presença de Jair Bolsonaro, que também recepcionou novos liberais de outros estados.
Renúncias
O término desta fase de pré-pré-campanha deve marcar a renúncia de pelo menos dois prefeitos que estarão no jogo majoritário: Gean Loureiro (UB), prefeito da Capital, e Antídio Lunelli (MDB), de Jaraguá do Sul.
Socialista
O senador Dario Berger e o presidente do PT-SC, Décio Lima, circularam lado a lado, sexta-feira à noite, no ato de filiação do ex-senador Roberto Requião no Partido dos Trabalhadores. Foi em Curitiba.
De acordo com Berger, ele efetiva sua filiação no PSB nesta quarta-feira, 23, no mesmo evento em que o ex-governador Geraldo Alckmin também vai virar “socialista”.
Saudação
Na chegada ao local do evento, o ex-mito petista foi saudado por uma multidão que entoava: “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão.”
Indefinição
O quadro de indefinição em torno do futuro político do empresário Luciano Hang agitou os bastidores. Assinará no PL, no PP ou em outra sigla menor? Em seu retorno da Europa, no fim do mês, saberemos.
Contrariedade
Ocorre que Jorginho Mello não aceitará a equação com Hang no PP para disputar o Senado tendo João Rodrigues, do PSD, na cabeça de chapa. Jair Bolsonaro já foi informado. O catarinense esteve com o presidente no sábado para as filiações dos novos integrantes do PL.
Ligações
Caso Luciano Hang insista em ir para o PP, ele mexerá no tabuleiro eleitoral de forma significativa. Esse movimento poderia forçar o MDB a conversar com Jorginho Mello. É bom lembrar que a suplente do senador é Ivete Appel da Silveira, viúva do ex-governador Luiz Henrique da Silveira.
Proporcionais
E o Podemos e o PSDB? Vão com Moisés da Silva ou ainda há possibilidade de entrarem em outro projeto? Considerando-se que a dupla partidária tem como foco principal a eleição de deputados, a alianças com o governador é tentadora. A máquina estadual é muito forte. No Podemos, todos os sinais vindos da direção apontam neste sentido.
