Blog do Prisco
Coluna do dia

O velho PMDB de sempre

O velho PMDB de sempre

Começaram a ser veiculados na terça-feira os spots com a propaganda partidária do PMDB nacional. Desfilando pelas telinhas surgem o vice-presidente Michel Temer, o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

O trio de frente do partido insiste na tecla de que o país é maior do que o governo, ao melhor estilo do velho Ulysses Guimarães. O mote do discurso é a mudança – isso que se trata de um partido que está no poder desde a redemocratização! Ou seja, é o PMDB retomando a linha fisiológica da Velha República, cuja orientação é a seguinte: oposição durante o dia e governo durante a noite, preservando, assim, os cargos e, na outra ponta, fazendo média junto à opinião pública.

No Estado, o comportamento do Manda Brasa não é muito distinto. Os próceres da legenda não raro comportam-se como oposição, seja na Assembleia, seja dentro da própria estrutura do governo do qual o PMDB é  sócio majoritário ao lado do PSD. Mas em nenhum momento fala-se em deixar cargos. Muito pelo contrário. As manifestações são sempre no sentido de buscar, insaciavelmente, mais espaços e funções estratégicas.

 

 

 Eletrosul

Uma situação local que ilustra bem a postura fisiológica do PMDB foi a troca do renomado técnico do setor elétrico, Márcio Zimmermann, pelo ex-prefeito de São José, Djalma Berger, no comando da Eletrosul. Berger só emplacou porque é irmão do senador Dário Berger, detentor de um voto precioso na Câmara Alta.

 

 

Tradição

Em ano eleitoral, o PMDB também costuma manter outra tradição. Mesmo que já esteja definida uma candidatura contra o governo do qual faz parte, o partido só larga os cargos no dia 31 de março, em cima do prazo fatal para desincompatibilizações. Data significativa, aliás. Ela marca o início, de fato, do golpe militar de 1964, culminando com  a queda de João Goulart no dia 1º de abril.

 

 

Fiel da balança

Deputado estadual Natalino Lázare (PR) está animado com o momento político do PR em Santa Catarina. Projeta que o partido vai ser o “fiel da balança” nas eleições de 2018. Além do deputado federal Jorginho Mello e dos dois estaduais (o próprio Natalino e Mário Marcondes), a projeção do republicano passa pelas eleições de 2016. “O partido está preparado para fazer 30 prefeitos e 400 vereadores,” vaticina o parlamentar.

 

 

Satisfação

Natalino Lázare também destaca a postura de Raimundo Colombo, que tem recebido os republicanos. O governador demonstrou sensibilidade ao programa de bioenergia apresentado por Natalino e empresários de diversas matizes, como solução viável e alternativa para a questão energética do Estado.

 

 

Expansão

A Coocam, de Campos Novos, considerada um modelo de gestão no setor cooperativista, passa a atuar também no Mato Grosso. Com investimentos de R$ 30 milhões, a Coocam adquiriu uma unidade em Ribeirão Cascalheira, Norte do Estado mato-grossense. É Santa Catarina exportando sua expertise para o país.

 

 

No DEM

Pelos corredores da Assembleia, os comentários dão conta de que o deputado federal João Rodrigues já teria autorização do PSD nacional para deixar o partido para assinar ficha no DEM. Concretizada a transferência, ele assumiria a presidência estadual do partido, com a anuência do atual comandante, o ex-deputado Paulo Gouvêa da Costa, primeiro suplemente de Dário Berger no senado.