Blog do Prisco
Coluna do dia

Isolamento de PSD e UB

Seguem repercutindo nos bastidores os movimentos de lideranças do PSD catarinense que desejam levar o partido a uma aliança com o União Brasil, na figura do ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (E). Cardeais pessedistas tem encontrado dificuldades para explicar como iriam abrir mão da cabeça de chapa tendo um pré-candidato, Raimundo Colombo (D), dono do dobro de intenção de voto em relação ao próprio Loureiro.
Mas não é só isso. Caso estes pessedistas estejam imaginando que com o ex-prefeito da Capital como postulante ao governo, a composição contaria com o PP e o PSDB, podem ir tirando o cavalinho da chuva.
Ainda não combinaram com os russos esse jogo. O PSDB está praticamente fechado com o governador. Moises da Silva conta com o Podemos, o Avante e o Republicanos, além das negociações com o MDB, e do apoio do Cidadania (ainda não formalizado, mas já em curso nos bastidores). Caso não se consolide o projeto emedebista para o chefe do Executivo, ainda há a perspectiva de aliança com o PP.

Goela-abaixo

Colombo foi às redes sociais resumir seu sentimento acerca das sabotagens internas. Declarou o seguinte: “Esses são os fatos. O resto são versões. Não reconheço a legitimidade de qualquer projeto político feito à força. Da minha parte, vou continuar contribuindo com SC. Como, onde e com quem, vamos definir nos próximos dias.”

Dois caminhos

Os progressistas também podem ir com o senador Jorginho Mello. O presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, senador como Esperidião Amin, é o chefe da Casa Civil de Jair Bolsonaro. Contexto que favorece ou a candidatura própria do partido com o ex-governador Amin ou um acordo com o PL de Jorginho em Santa Catarina.

Fundos e fundos

Trocando em miúdos: o PSD, caso insista nesse movimento para tentar escantear Raimundo Colombo, acabará ficando somente com o União Brasil. Que tem fundos partidário e eleitoral generosos, mas que não dispõe da menor capilaridade ou densidade em Santa Catarina.

Histórico

Vale lembrar que o PSD, que é uma das ramificações do antigo PDS e depois do PFL, esteve no governo de 2006 a 2018, quando compôs para a reeleição de Luiz Henrique da Silveira. Assim como o MDB, o PSDB e o próprio PP, são partidos que vão ladeira abaixo. Chegou ao segundo turno em 2018 com um candidato que hoje está no outro extremo do espectro ideológico. O convicto Gelson Merisio assinou ficha no Solidariedade. Antes, teve curta passagem pelo PSDB.

Nos subterrâneos

A exemplo do MDB, que tem nome mas está longe de encontrar unidade, o PSD pode seguir nessa toada de encolhimento se insistir nestas práticas subterrâneas de sabotagens e afins. O partido novamente tem um nome com densidade eleitoral para pleitear a cabeça de chapa em Santa Catarina. Pode até compor, mas de forma republicana, às claras. Os pessedistas correm o risco de errar novamente a mão. A conta, via urnas em outubro, pode ficar bem alta para a legenda.