Apesar de todo o jogo sujo, com vários golpes muito abaixo da linha da cintura por parte do grupo governista, a vereadora Juliana Pavan, de primeiro mandato, venceu o disputadíssimo pleito de Balneário Camboriú, cidade que é uma vitrine internacional.
Articulada, focada, jovem, mas firme, com propostas claras e sem ataques baixos, ela superou a sujeirada promovida, sobretudo na reta final, pelo grupo do prefeito Fabrício Oliveira, em fim de mandato e muito provavelmente em fim de carreira. Ele sai pela porta dos fundos e com péssimas perspectivas políticas daqui pra frente.
Contra a máquina da Prefeitura, o 22 na urna do PL, o apoio do governo do Estado e sobretudo de Jair Bolsonaro, Juliana Pavan entrou para história. Além de vencer tudo isso, tornou-se a primeira mulher prefeita do balneário mais badalado do Sul do Brasil.
E teve um cabo eleitoral estratégico e fundamental para a conquista: o deputado estadual Carlos Humberto, um líder consistente, sério, empresário vencedor e que seria, ao natural, eleito prefeito pelo PL neste domingo em função de tudo que construiu politicamente nos últimos 10 anos.
Isso se o grupelho do prefeito não tivesse executado, no período pré-eleitoral, mais uma de suas trapaças para tirar o parlamentar do jogo. Conseguiram deixar o nome de Carlos Humberto fora da urna, mas ele mergulhou de cabeça na campanha de Juliana, tendo sido seu principal cabo eleitoral e articulador político. Como prega a sabedoria popular, nada como um dia após o outro.
Se Carlos Humberto fosse o candidato a prefeito do PL, venceria com tranquilidade o pleito e talvez Juliana Pavan tivesse optado por nova candidatura à Câmara da cidade.
Importante destacar, também, o papel da equipe de marketing e comunicação da campanha de Juliana Pavan. Em nenhum momento o time perdeu o tom, a sintonia com o eleitor e a leitura política correta, inclusive nos últimos dias, para levar sua candidata à histórica conquista.
Mas agora isso tudo já entra para a história política de Balneário Camboriú e de Santa Catarina.
MANIPULAÇÕES E USO DA MÁQUINA
Sem sombra de dúvidas, Balneário Camboriú assistiu à eleição mais vergonhosa, da parte de quem tentava se perpetuar no poder, de sua história.
Foram pesquisas fajutas aos borbotões, fake news de toda ordem contra Juliana, agora prefeita eleita, ataques contra sua família; e o mais grave, o uso escancarado da máquina pública – com destaque para a Guarda Municipal – para forjar um “flagrante” de araque visando a associar Leonel Pavan, eleito prefeito de Camboriú, a um suposto esquema de caixa 2. Por tabela, tentaram arrastar a filha dele para dentro da farsa.
Isso na última semana de campanha.
Foram cenas dignas da pior novela mexicana. Registre-se que a estratégica criminosa quase deu certo. A vitória foi apertada. Mas no final prevaleceu quem tinha propostas, postura e dignidade para oferecer ao politizado eleitor da cidade.
A família Pavan ressurge revigorada no cenário político. Muito graças ao empenho do deputado Carlos Humberto Silva.
foto de capa>Juliana Pavan e o vice-prefeito eleito, Nilson Probst / divulgação