Coluna do dia

A corrosão do PT

A corrosão do PT

Em meio ao fim de ano turbulento, o Instituto Datafolha resolveu ir às ruas. Entre outras coisas, para medir o grau de insatisfação dos brasileiros. Constatou-se, para espanto geral, que nada menos do que 68% dos patrícios consideram que sua vida piorou após 13 anos de PT no poder. Apenas 24% têm a percepção de que o dia a dia ficou melhor, a partir dos governos de Lula da Silva e de sua criatura, Dilma Rousseff.

A combinação das crises ética, política e econômica, essa última parecendo um poço sem fundo, fez subir no telhado o projeto de poder do partido criado pelo ex-metalúrgico. A meta do grupo era ficar no poder central por pelo menos 20 anos, período de tempo suficiente para amarrar o Brasil com consequências, muitas delas já em curso, que podem continuar sendo sentidas por meio século no futuro.

Trocando em miúdos, os avanços que foram registrados na era Lula, muitos deles em função do ciclo das commodities que animou o mundo inteiro e beneficiou sobremaneira o Brasil, viraram pó. Pelo menos, este é o sentimento do brasileiro, que vê 2015 terminando com queda brutal no PIB (quase 4% de diminuição); inflação e desemprego batendo na casa dos dois dígitos.

 

 

 

 

 

Vitória

Os deputados aprovaram, em sessão extraordinária, o projeto que dispõe sobre a organização do regime próprio de previdência dos servidores do Estado. Na prática, a futura lei, aprovada também em segundo turno e redação final, fundirá o Fundo Financeiro, que é deficitário, ao Fundo Previdenciário, atualmente superavitário, além de aumentar gradualmente, até 2018, a contribuição dos servidores de 11% para 14%, e o aporte do governo estadual de 22% para 28% no mesmo período.

 

 

 

 

 

 

 

Placar

Foram 38 votos, sendo 30 a favor e oito contra. O projeto segue agora para a sanção do governador Raimundo Colombo.

 

 

 

 

 

 

 

Resposta

“Você bem sabe que nunca estive e não estarei com o PT. Por respeitar a posição do governador, até pensei em não integrar a comissão, mas atendendo o clamor da sociedade e em respeito aos meus 221.409 votos, decidi participar ativamente dessa comissão, por acreditar que o Brasil precisa de mudança e que este governo está no fim”. Trecho de mensagem enviada à coluna pelo deputado João Rodrigues, assegurando que não passou a integrar a comissão especial do impeachment para “responder” ao governador Raimundo Colombo.

 

 

 

 

 

Troca no muro

Muito pressionado, o deputado federal e ex-governador Esperidião Amin (PP) resolveu descer do muro e anunciou, publicamente, seu apoio ao pedido de impeachment de Dilma Rousseff.  Vago o espaço, o senador Dário Berger (PMDB) escalou o muro e ocupou a vaga.

 

 

 

 

 

 

 

Muro estratégico

Patrocinador da indicação do irmão, Djalma Berger, para a presidência da Eletrosul, a maior estatal federal do Sul do País, o peemedebista tem se esquivado de posicionar-se a respeito da cassação da petista. E a pressão sob ele, para seguir o exemplo de Amin, só tende a aumentar.

 

 

 

 

 

 

Devagar

Deixou a desejar a mobilização de ontem em todo o Brasil. Brasileiros foram às ruas, mas não em grande número, em mobilização capaz de estremecer as estruturas do poder. Com a autoestima em baixa da população e com a chegada do fim do ano, o movimento não vai repercutir a ponto de encurralar ainda mais Dilma Rousseff.

 

 

 

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