Coluna do dia

A cruzada de Colombo

A cruzada de Colombo

Raimundo Colombo voltou a Brasília esta semana. Não para colher as repercussões do processo de impeachment, mas para voltar a defender a Tese de Santa Catarina, segundo a qual a União vem praticando agiotagem com os Estados. E penalizando a população brasileira ao cobrar juros sobre juros em cima das dívidas dos entes federados com a toda poderosa Brasília.

Colombo aterrissou no Planalto Central segunda-feira, quando já se reuniu com um grupo de governadores. Ao todo, são 10 Estados unidos na luta pela mudança do indexador que define o tamanho dos débitos estaduais.

Ontem, o catarinense foi ao Supremo Tribunal Federal, em reunião com os ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, e do STF, Edson Fachin, mais governadores de Estados que compactuam da tese catarinense, que abriu caminho, pela via judicial, para o questionamento da dívida.

 

Liminar

Há duas semanas, Santa Catarina obteve liminar, no STF, que possibilitou a suspensão do pagamento das parcelas mensais da dívida. O Estado entende que já quitou os débitos. O mérito da ação deve ser apreciado pelo plenário do Supremo no dia 27.

 

Efeito manada

A chamada tese de Santa Catarina, também foi defendida, no STF, pelos governadores do Rio Grande do Sul, José Sartori; de Minas Gerais, Fernando Pimentel; do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja; de Alagoas, Renan Calheiros Filho; de São Paulo, Geraldo Alckmin; e representando o governo do Rio de Janeiro, o secretário da Casa Civil, Leonardo Espíndola.

 

Por toda SC

“Aprendi a fazer política com os olhos no futuro, mas sem esquecer aqueles que trilharam duras jornadas para que chegássemos até aqui. Luiz Henrique é a principal referência política que nós temos em Santa Catarina, e fiz questão de homenageá-lo em um dos momentos mais importantes da minha vida pública.” A frase é do deputado Rogério Peninha Mendonça, que homenageou o ex-governador durante seu voto a favor do impeachment de Dilma.

 

Nota só

O Núcleo de Imprensa do PT catarinense distribuiu nova nota, na segunda-feira, detalhando a mobilização dos favoráveis à permanência de Dilma Rousseff napresidência. O partido insiste na tese de golpe, mesmo que o próprio STF tenha definido o rito do impeachment e negado liminares que tentavam barrar a votação na Câmara. Lamentável.

 

Sai daí, Dilma!

Sem reunir a menor condição de seguir na presidência, Dilma Rousseff escancara o apego de seu partido ao projeto de poder. E penaliza toda uma Nação.

 

Em tempo

Dilma precisa sair da presidência. De um jeito ou de outro. Mas se Michel Temer também “pedalou” no exercício interino da presidência, deve seguir o mesmo caminho. Eduardo Cunha também deve ser guilhotinado. Renan, idem. Neste caso, o presidente do STF assumiria. Curiosamente, Ricardo Lewandowsky é visto, e tido, como um ministro extremamente simpático ao PT. Mas, vale lembrar, que em setembro a ministra Carmem Lúcia o sucede.

 

Dois pesos

Dilma e o PT bombardeiam Eduardo Cunha. Neste ponto, com toda a razão. Mas passam a mão na cabeça de Renan Calheiros, tão ou mais suspeito do que Cunha. Mais uma vez, a presidente e seu partido debocham do país e jogam a ética no lixo. Tudo para tentar se manter no poder. Vergonhoso!

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