Coluna do dia

A degola de Paulo Eli como moeda de troca para cassar Moisés

A demissão do czar da economia catarinense, Paulo Eli, da Secretaria da Fazenda, é uma situação gravíssima liderada pela governadora interina, Daniela Reinehr. Que cumpre, aliás, sua segunda interinidade desde 2019.

Coincidentemente, minutos antes da confirmação da exoneração, o presidente da Fiesc, que também lidera o Conselho das Federações Empresariais, Mário Aguiar, havia divulgado uma nota oficial pedindo agilidade para o julgamento do segundo impeachment de Moisés da Silva.

O texto do segmento empresarial também pedia que as mudanças no governo fossem mínimas, só as pontuais como PGE, Articulação Nacional, Casa Civil e por aí vai.

O Cofem, como se vê, não foi ouvido. O caso é escandaloso. Trocou Paulo Eli porque ele não vinha bem? Claro que não, ele é competente e testado. Escorrega às vezes numa ou outra declaração, mas conhece muito sobre o Fisco, a Fazenda e o poder público.

Na surdina

Ou seja, a motivação da troca é baseada no toma-lá-dá-cá, costurada nos subterrâneos, naquelas conversas nada republicanas. Quem assume a chave do cofre é o também fiscal Rogério Macanhão. Hoje ele tem residência fixa em Florianópolis, mas sua origem é o Oeste do Estado, Chapecó, de onde vem também uma figura bem conhecida no meio político estadual e que esteve na iminência de chegar ao poder.

Contabilidade do impeachment

Sua nomeação e a consequente degola de Paulo Eli, que estava pilotando a economia desde 2018, entraria no pacote para que os oposicionistas de Moisés da Silva consigam o sétimo voto para a cassação definitiva do governador como desfecho do impeachment.

Ligações

E este sétimo voto viria de um correligionário desta figura oestina que indicou Macanhão para o cargo. Deputado este que também é conhecidíssimo por adorar atuar nos bastidores, fazendo acordos e outras coisitas mais.

Percepção

Ou seja, tem gente na sombra, na escuridão. A governadora interina não parece ter ainda a cancha necessária para identificar este tipo de manobra pútrida, algo realmente que escandaliza a política catarinense.

Pé na estrada

O pré-candidato ao governo do Estado e ex-prefeito da cidade de Blumenau, Napoleão Bernardes, cumprirá roteiro nesta semana pelas cidades do Oeste. Napoleão Bernardes inicia nesta segunda-feira (12) e vai percorrer 25 cidades do Oeste. O objetivo das visitas é conhecer de perto as demandas e necessidades da região, além da troca de experiências de gestão. “Eu acredito que é preciso estar próximo das comunidades e lideranças. Quero percorrer as regiões, me colocando à disposição para entender os anseios dos municípios. Fui prefeito duas vezes e sei o quanto é importante essas relações”, destacou.

Sintonia

Este roteiro é fruto da reunião entre o presidente do PSD, deputado Milton Hobus e o ex-governador Raimundo Colombo com Napoleão.

Crueldade

Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da Alesc, a deputada Marlene Fengler (PSD), disse que a morte do menino Henry Borel, de 4 anos, no Rio de Janeiro, suspeito de ter sido agredido em casa pelo padrasto, serve de alerta sobre maus tratos a crianças.

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