Manchete

A eleição que pode reequilibrar o jogo!

A semana promete. No meio dela, nesta quarta-feira, teremos eleições às Mesas Diretoras do Senado, da Câmara dos Deputados e também da Alesc.
Praticamente poderíamos dizer que o assunto está resolvido na instituição ali do meio, a Câmara. Artur Lira (PP-AL) tem tudo para ser reeleito. A candidatura de Chico Alencar, pelo PSOL, é apenas para marcar posição. Chance zero de conquistar o comando da Casa.
As expectativas convergem nas duas pontas da nossa frase inicial. Senado e Assembleia Legislativa. É bem provável que aqui no estado não tenhamos qualquer surpresa. Tudo caminha para a eleição do emedebista Mauro de Nadal. Senão pela unanimidade, mas pela esmagadora maioria dos votos, algo em torno de 90% dos 40 deputados.
Muito provavelmente não haverá disputa. A candidatura está consolidada. Também porque se Jorginho Mello tiver juízo, orientará a robusta bancada do PL – 11 deputados – a respaldarem a recondução do emedebista à presidência do Parlamento Estadual.
Poderá haver uma defecção aqui ou ali, por questões ideológicas, mas nada capaz de apresentar uma candidatura com musculatura pra enfrentar Mauro de Nadal.

Estofo

Não só porque ele é do MDB, a segunda maior bancada para a próxima legislatura, mas também porque ele tem trânsito e é respeitado nos mais variados partidos. Além disso, foi um bom presidente em 2021. Tem perfil aglutinador. Dos 40 é muito pouco provável que não leve pelo menos 35 votos no primeiro dia de fevereiro de 2023.

Incógnita

A grande expectativa gira em torno do Senado. Ali teremos uma eleição emblemática. Até porque Rodrigo Pacheco (PSD-MG) é um presidente omisso, submisso e que não soube se posicionar nos momentos cruciais que o país enfrentou nos anos recentes.

Parceirão

O pessedista recebeu vários pedidos de impeachment de ministros do Supremo. Os engavetou de maneira solene. Ignorou completamente as manifestações de vários senadores, inclusive a do catarinense Esperidião Amin na direção de andamento aos processos.

Tripé

De Santa Catarina, aliás, Pacheco não receberá um voto sequer. Jorge Seif (PL), que assumirá a vaga de Dário Berger, é um dos coordenadores da campanha de Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro de Jair Bolsonaro.

Defecção emedebista

Ivete Appel da Silveira (MDB), em sintonia com Jorginho Mello, já declarou voto em Marinho. O próprio Amin, salvo uma hecatombe, não respaldará o atual presidente.

Jogo combinado

Há, ainda, a candidatura de Eduardo Girão (Podemos-CE), correndo por fora. É  muito mais para ajudar a provocar o segundo escrutínio no Senado, round no qual  ele se alinhará a Rogério Marinho.

Companheiros

Pacheco foi recebido por Lula da Silva, que hipotecou total apoio do governo, do PT e da esquerda ao projeto de reeleição. De lambuja, o mineiro tem, ainda, a máquina do Senado ao seu dispor.

Vira-casaca

Vale lembrar que Rodrigo Pacheco foi eleito por Jair Bolsonaro, com apoio de Davi Alcolumbre, que o antecedeu e que também foi respaldado pelo ex-presidente.

Zero à esquerda

A eleição de Rogério Marinho à presidência do Senado significa a possibilidade de retomada de um certo protagonismo do Legislativo nacional, que anda completamente fora do mapa.

Conluio

Hoje temos o Executivo e o Judiciário num grande compadrio  para inibir as liberdades democráticas, o Estado de Direito, somado a  um Congresso que não se posiciona, que não se manifesta. Que é tão omisso e submisso quanto Rodrigo Pacheco. A eleição de Marinho poderia representar um algo mais para o Brasil.

Sentiram

A preocupação é tamanha que até ministros do STF entraram na eleição. Estão ligando para senadores pedindo votos para Pacheco.  Assim o fazem Alexandre de Moraes, que persegue, manda prender, suspende redes sociais, provocando um verdadeiro rebuliço no país.

Dupla

Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes também estão neste circuito eleitoral em outro poder! Pergunta-se: o que um ministro do STF tem a ver com a eleição no Senado? Medo dos pedidos de impeachment, contra eles próprios, que se avolumam na Câmara Alta.

Vergonhoso

A Corte Constitucional, que deveria deliberar e zelar sobre as questões da Cara Magna, foi transformada numa delegacia de polícia e está atuando para reeleger o atual presidente do Senado contra o candidato da oposição. Dispensa mais comentários.

foto>divulgação

Posts relacionados

Tarcísio, Bolsonaro, o Republicanos e os números

Redação

Presidente do Novo sinaliza com quem o partido estará em 2026

Redação

Eles se merecem!

Redação
Sair da versão mobile