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A encruzilhada do MDB

Parte da cúpula do MDB está comemorando um feito. No fim de semana, com a filiação de Vitor Norberto Alves,  o partido ganhou seu 101º em Santa Catarina.

É um número expressivo, muito embora a sigla já tenha administrado, ao mesmo tempo, até mais cidades no estado.

Presidente estadual do Manda Brasa, Celso Maldaner (E), e os deputados Rogério Peninha Mendonça (federal) e Jerry Comper (estadual) abonaram a ficha do novo emedebista. Outras figuras importantes da sigla marcaram presença e fizeram discursos inflamados.

As comemorações são pertinentes. Mas a chegada do prefeito número 101 ao MDB não esconde a encruzilhada onde se encontra o partido, que segue sendo o maior do estado. Mas está enfraquecido nas maiores cidades com vistas ao pleito municipal do ano que vem. Em Florianópolis, Gean Loureiro deixou as hostes do Manda Brasa. Em Blumenau, Chapecó, Criciúma, Lages e Tubarão, o MDB não desponta com nomes de proa. As exceções ficam por conta de Jonville – onde a disputa é uma grande incógnita ante a impossibilidade de reeleição de Udo Döhler – e Jaraguá do Sul. Ali sim o partido pode ser considerado favorito com o prefeito Antídio Lunelli.

E 2022?

O quadro não é dos  mais favoráveis. Evidentemente que o MDB segue forte nos pequenos municípios, mas esse vácuo de poder nos maiores colégios eleitorais em 2020 poderá ter reflexos agudos na eleição estadual de 2022.

Várias alas

O MDB-SC é um partido carente de um grande líder que o aglutine. E está na iminência de perder o senador Dário Berger (D). Que nunca teve vida partidária. Porém, nunca é motivo de comemorações a baixa de uma liderança com mandato estadual. Ainda mais se considerarmos que o país só tem 81 senadores.

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