Coluna do dia

A enrolação de sempre

A enrolação de sempre

Raimundo Colombo não perdeu nada ao ignorar a reunião dos governadores, realizada na segunda-feira, em Brasília. Primeiro porque o quorum ficou comprometido (apenas 10 compareceram), considerando um encontro entre o Natal e a virada do ano. Segundo porque o ministro Nelson Barbosa (Fazenda), que os recebeu mais tarde, não assumiu nenhum compromisso objetivo com os administradores estaduais.

Alegando estar à frente da economia há uma semana, Barbosa pediu tempo para apreciar as reivindicações. Na verdade, sabe-se que ele não tem a menor autonomia para responder sobre nada. A palavra final é da presidente. E ela vai condicionar tudo ao apoio dos governadores contra o impeachment. Cada qual, influenciando suas respectivas bancadas na Câmara.

Sinalização

De concreto, o titular da Fazenda apenas prometeu a regulamentação do novo indexador das dívidas dos Estados e dos municípios com a União, ainda em janeiro. Na prática, isso significa que governadores e prefeitos vão transferir menos recursos à Brasília, dando uma folga no caixa das administrações estaduais e municipais.

Quebradeira

Os governadores estão apavorados com a recessão econômica, para muitos analistas já depressão, e os reflexos nos Estados. Com a queda brutal da arrecadação e com a União não podendo tapar o buraco, também porque alcançada pela crise, os governadores temem chegar à temporada das eleições municipais sem dinheiro para salários do funcionalismo.

A preocupação também converge para a delicada situação da saúde pública. Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, que o digam.

Válvula de escape

Como a tabela do Sistema Único de Saúde não sofre reajuste e não é de hoje, os governadores querem que a União cobre dos planos de saúde a utilização da rede pública para seus respectivos conveniados. E os recursos arrecadados pela esfera federal transferidos para Estados e municípios. Como a correção da tabela do SUS vem sendo protelada seguidamente, essa seria a saída. Embora a situação em Santa Catarina não seja tão periclitante como em alguns Estados, o governo catarinense vê com simpatia a iniciativa.

Investidura

Eleito na segunda quinzena de novembro, Paulo Brincas assume nesta sexta-feira a presidência da OAB-SC, sucedendo Tullo Cavallazzi Filho, que o apoiou na eleição. A vitória foi esmagadora, com quase 65% dos votos. O mandato é de três anos. A cerimônia será protocolar, apenas na presença de diretores. A solenidade de posse será no dia 18 de fevereiro, no Centrosul, com a presença de autoridades e convidados.

Nominata

Além de Brincas, integram a nova diretoria os advogados Luiz Mário Bratti (vice-presidente), Maurício Voos (secretário-geral), Cláudia Prudêncio (secretária-geral adjunta) e Rafael Horn (diretor-tesoureiro). Na Caixa de Assistência dos Advogados assumirá Marcus Antônio Luiz da Silva, atual vice-presidente da Seccional.

Plano estadual

Aposta mal quem acredita que o senador Paulo Bauer (PSDB) poderá concorrer à prefeitura de Joinville ou mesmo a de Florianópolis, em 2016. Mesmo que tenha morado no maior município do Estado, onde inclusive frequentou faculdade, e mesmo que tenha sido muito bem votado na Capital nas duas últimas eleições majoritárias, Bauer mira exclusivamente 2018. O projeto passa por uma nova candidatura ao governo, mas não descarta um novo mandato ao Senado.

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